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Reservou na “Low Cost Travel Group”? Então pode estar com problemas…

Falência de operador britânico de viagem envolve 100 mil clientes

Segundo o Público e na sequência do processo de insolvência que foi declarado pelo grupo turístico britânico Low Cost Travel Group, que envolve os sites lowcostholidays.com e lowcost-beds.com, o Turismo de Portugal divulgou um alerta no seu site com algumas recomendações aos clientes que fizeram compras e reservas de férias através desta e,presa.

O PÚBLICO tentou saber junto do Turismo de Portugal e da Associação de Hotéis de Portugal se existem clientes portugueses lesados, mas ainda não foi possível reunir essa informação. O que já se sabe é que haverá mais de 110 mil reservas que poderão estar agora sem efeito e que há muitos clientes que poderão ter as férias estragadas, em plena época alta.

O Turismo de Portugal sugere “a todos os turistas que recorreram aos serviços daquele operador”, que é considerado o maior operador online britânico e um dos maiores do mundo, que estabeleçam um contacto prévio com os empreendimentos e os destinos que elegeram “no sentido de aferirem se as suas reservas de alojamento e respectivas condições se encontram asseguradas”. Isto porque já há noticias de cerca de 27 mil clientes que terão de pagar novamente pelas suas reservas de férias – sendo que alguns já estariam mesmo a usufruir delas e foram confrontados com a falta de pagamento.

A falência foi decretada no passado dia 15 de julho e, de acordo com a informação disponibilizada pelo gabinete de advogados que está a gerir o processo de insolvência, uma das causas apontadas para o colapso da empresa foi o resultado do referendo britânico e a consequente desvalorização da libra. No ano passado, o grupo tinha atingido receitas de 500 mil libras (cerca de 600 mil euros).

De acordo com o comunicado, o mercado britânico significa 60% da facturação do grupo e as incertezas relativamente ao Brexit, o resultado do referendo (e os receios da desvalorização da libra) bem como as ameaças do terrorismo levaram os clientes a adiaram a decisão ou a nao concluírem as reservas.

Se as causas desta falência ainda estão por apurar, há impactos concretos que podem já ser contabilizados: a perda de emprego de cerca de 500 colaboradores que trabalhavam em Gatwick, Londres, onde o grupo tem a sua sede, ou num dos três escritórios em outros países. De acordo com a informação veiculada pelo grupo, foram dispensadas 120 pessoas em Gatwick, 264 em Cracóvia (Polónia), 60 em Palma de Maiorca (Espanha) e sete na Suiça.

Um dos colaboradores suíço é português e, num depoimento enviado ao PÚBLICO, alertou para o facto de nos escritórios de Cracóvia e Palma de Maiorca os colaboradores terem sido expulsos do escritório “sem qualquer documento de término de contrato, ficando suspensos de actividade não remunerada até futuro contacto da empresa, ficando impossibilitados de recorrer às entidades legais devido à inexistência de documentos comprovando a insolvência ou fim legal de contrato”.

Nenhum dos 500 trabalhadores agora dispensados recebeu ainda os respectivos ordenados e compensações.

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