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Ralicrosse em Montalegre é já para a semana

O circuito de Montalegre, que entre 21 e 23 de abril recebe a segunda etapa do Campeonato do Mundo de ralicrosse, tem como cabeças de cartaz os pilotos Mattias Ekstrom, Petter Solberg e Sébastien Loeb.

“Tem uma enorme importância na dinamização da economia e na nossa sustentabilidade, porque nos projeta além-fronteiras e, mais do que isso, atrai milhares de pessoas ao concelho e à região”, afirmou o presidente da Câmara de Montalegre, Orlando Alves, na apresentação do evento, no Porto.

À espera de 80 a 100 mil pessoas, na sua maioria espanhóis, o autarca realçou que este ano foi criada uma nova bancada com 2.800 lugares e alargada a área do ‘paddock’, num investimento de 150 mil euros.

Este ano, Montalegre garantiu por mais cinco anos a realização desta prova.

Nos próximos cinco anos, o circuito vai sofrer mais obras de melhoramento, atendendo às exigências da Federação Internacional de Automobilismo (FIA), que irão ultrapassar os três a quatro milhões de euros, verba exclusiva do orçamento municipal, avançou.

Orlando Alves referiu ser necessário melhorar os espaços de acolhimentos das equipas médicas e de enfermagem, bem como dos órgãos de comunicação, vários dos quais internacionais que acompanham o campeonato do mundo, e otimizar a rede de fibra ótica. Previstas estão também intervenções na pista de Montalegre.

“Depois das obras, diria que o circuito de Montalegre será quase um dos melhores do mundo”, salientou.

O investimento confere um retorno significativo para a terra e sobretudo põe-na a competir com espaços e cidades de notoriedade mundial, frisou o presidente.

Com o ralicrosse, Montalegre tem um retorno que “pode ultrapassar os dois milhões de euros” e é uma oportunidade de negócio para as unidades hoteleiras, restaurantes e comércio.

Orlando Alves frisou que a publicidade que é feita do território, através das reportagens televisivas, é “também uma mais-valia”, dada ser transmitida para cerca de 100 países.

Igualmente presente, o presidente da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK), Manuel de Mello Breyner, considerou que Montalegre fez um “esforço muito grande” em termos financeiros, mas conseguiu algo que nunca se conseguiu em Portugal, um contrato garantido de cinco anos para uma prova de um campeonato mundial.

O responsável adiantou que a modalidade está a crescer “vertiginosamente” e atrair cada vez mais público porque cativa com grandes pilotos e carros.

A pista de Montalegre merece mais atividade, por isso, estão a decorrer negociações com Espanha para a realização de provas, sustentou.

Reta longa e corretores altos é o ‘ADN’ da pista de Montalegre e o que a torna atrativa, entendeu o vice-presidente do Clube Automóvel de Vila Real, Fernando Vaz.

“Dizem os pilotos que é uma pista muito intensa”, afirmou.

Já para o vice-presidente do Turismo Porto e Norte de Portugal, Jorge Magalhães, este tipo de provas é um importante chamariz para os amantes do desporto que vão, voltam e passam a mensagem.

“Este evento dá notoriedade a Montalegre, à região Norte e ao país, porque tem uma projeção mundial”, vincou.

O piloto Mário Barbosa, o primeiro português a fazer todo o Europeu Super1600, revelou estar muito expectante, porque o carro é completamente novo.

Depois de Portugal, o campeonato do mundo prossegue até novembro passando por Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Suécia, Canadá, Noruega, França, Letónia, Espanha e África do Sul.

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