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PS prevê diálogo com outros partidos para as autárquicas

O primeiro-ministro, António Costa (D), durante a inauguração da 3ª FIT, Feira Ibérica de Turismo, na Guarda, 5 de maio de 2016. MIGUEL PEREIRA DA SILVA/LUSA

A moção do secretário-geral do PS prevê “plataformas de diálogo” com outras forças políticas e independentes nas próximas eleições autárquicas e coloca como princípio a recandidatura dos atuais presidentes de Câmara e de junta socialista.

Este é um dos pontos programáticos da moção que António Costa levará ao próximo congresso do PS, entre 03 e 05 de junho, na Feira Internacional de Lisboa (FIL).

Intitulada “Cumprir a alternativa, consolidar e esperança”, a moção de António Costa demarca-se da opção da anterior direção socialista de António José Seguro, que deixava as estruturas concelhias a responsabilidade pela escolha dos candidatos às presidências de câmaras e de juntas de freguesia.

“O princípio geral será o da recandidatura dos atuais presidentes de Câmara e de Junta de Freguesia”, salienta-se no capítulo da moção dedicado à descentralização e reforço das autonomias regionais.

Tal como afirmou na quinta-feira António Costa, o PS assume como objetivo nas próximas eleições autárquicas de outubro de 2017 voltar a deter as presidências da Associação Nacional dos Municípios Portugueses (ANMP) e da Associação Nacional de Freguesias (ANAFRE), ou seja, ganhando mais câmaras e freguesias do que qualquer outra força política.

No entanto, a direção de António Costa abre a possibilidade de os socialistas se entenderem com outros partidos (implicitamente com o PCP e Bloco de Esquerda), bem como com cidadãos independentes (caso eventual do Porto, com uma recandidatura de Rui Moreira).

“Poderão também ser estabelecidas plataformas de diálogo com outras forças políticas, cidadãos independentes e movimentos de cidadãos visando a procura das soluções de governação local que melhor sirvam as populações”, salienta-se no documento que o líder socialista vai levar a congresso.

Na moção, defende-se que o próximo ciclo autárquico 2017-2021 seja marcado por “uma profunda transformação no modelo de funcionamento da administração pública”.

“A nossa ambição é fazer do ano 2017 o ano da descentralização e da reforma democrática do Estado”, num capítulo em que também se estabelece como meta eleitoral um novo triunfo do PS nas eleições regionais dos Açores em outubro próximo.

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