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Procuram-se padrinhos cinco estrelas!

O Projeto Sementes do Saber, da Cáritas Diocesana de Coimbra, nasceu em 2011, fruto da constatação que as crianças e jovens, da área de intervenção do Centro Comunitário S. José, não tinham garantidas as condições de igualdade de oportunidades de acesso à Educação, devido à deterioração das condições de vida das suas famílias, nomeadamente pelos efeitos do contexto económico e social vivido à época. Estávamos em plena crise económica e financeira internacional, ao que se somava a crise da dívida soberana, e que no contexto da fragmentação financeira da União Europeia, tornava inevitável o pedido de assistência económica e financeira à Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional (TROIKA). O desemprego e o emprego precário e mal remunerado e os cortes significativos nos sistemas de proteção social, entre outros, explicam as dificuldades destas e de muitas outras famílias portuguesas naquele período.

Em termos práticos verificava-se a retração do rendimento disponível nas famílias, o que comprometia a compra de manuais escolares e do restante material necessário. Surgia, neste contexto, o Sementes do Saber, que se propõe, desde então, a conceder às crianças e jovens, provenientes de meios socioeconómicos mais vulneráveis, oportunidades de viverem a Escola e o Ensino em igualdade com os pares. Para tal são desenvolvidas ações de animação e sensibilização, destinadas a encontrar “padrinhos” e “madrinhas” solidários, que contribuem com donativos para a aquisição dos manuais e material escolar.

O apadrinhamento

A Cáritas Diocesana de Coimbra procura promover o apadrinhamento daquelas crianças e jovens: “O apadrinhamento é um compromisso moral com resultados imediatos no presente e futuro das crianças, pretendendo garantir a educação promovendo o desenvolvimento individual com vista ao desenvolvimento da comunidade e, consequentemente, o progresso social. Neste sentido o Projeto Sementes do Saber, apresenta duas vertentes: a angariação de padrinhos que contribuem de forma monetária na aquisição de livros/material escolar e a angariação de padrinhos que nos cedem manuais escolares de modo a poderem ser reutilizados por outras crianças e jovens”, explica a Dra. Margarida Silva, Assistente Social do Centro Comunitário S. José.

Todos podem ser padrinhos, inclusivamente empresas ou instituições: Qualquer pessoa pode ser padrinho, desde que o queira. Um jardim-de-infância pode ser padrinho se fizer uma recolha de material escolar a reverter para o projecto” – referiu ainda.

Criatividade & Dinamismo

Ao longo dos últimos anos, 214 crianças e jovens beneficiaram das ações desenvolvidas no âmbito deste Projeto, o que não será alheio à dinâmica e persistência da Equipa Técnica que ao longo dos anos vai desenvolvendo campanhas e materiais inovadores e, deste modo, encontrando “padrinhos” que se comprometem e solidarizam com o Projeto e com a Causa da promoção da igualdade de oportunidades na Educação.

Por exemplo, em 2014, firmando parceria com uma pastelaria “histórica” da cidade, promoveram o evento “CupCake Solidário”, o que, a par com a restante divulgação do Projeto, possibilitou, nesse ano, o apoio a 91 crianças e jovens. No ano seguinte promoveram quer o “Concerto Solidário, onde decorreu o lançamento e venda do “Bolo Sementes do Saber”, quer o evento “Criar Se(mentes)”, de animação cultural e que contou com a venda do “Bolo Sementes do Saber” e de pulseiras elaboradas pelos beneficiários do projeto. Nesse ano (ano letivo 2015/2016), foram apoiados 74 crianças e jovens. No último ano letivo (2016/2017) foi apresentada a nova campanha “Compre uma caneta ofereça conhecimento”, e apoiados 40 crianças e jovens.

E é ainda de realçar que estas ações têm vindo a ser desenvolvidas nos espaços (físicos) da Comunidade de origem (do bairro mas também da cidade), isto é, “fora de portas” do Centro Comunitário, denotando a vontade institucional de alicerçar este projecto na Comunidade, chamá-la a participar e a co-responsabilizar-se e deste modo fortalecer laços e redes sociais que a evolução da Sociedade Contemporânea pode vir fragilizando.

Direito à Educação e ao sucesso escolar – um compromisso de todos

Mas todos – também nós que representamos Portugal no Mundo – somos chamados a responder a estas crianças e jovens. Para este ano já estão 25 sinalizados. Agora é preciso que os “padrinhos” aceitem o desafio, por um mundo melhor, mais justo, com mais futuro, onde a educação seja para todos e as oportunidades de sucesso escolar não dependam do meio de origem.

É-nos lançado o desafio: “Apoie este projeto, seja um Padrinho 5 estrelas”.

Como contribuir?

Participe com o valor que decidir através de:

Transferência bancária – NIB 0018 0003 26498774020 52, enviando o comprovativo da transferência por email (), fax (239495706) ou entrega presencial na sede da Cáritas Diocesana de Coimbra (Rua D. Francisco de Almeida, nº 14, 3030-382 COIMBRA).

– Cheque – endossado a Cáritas Diocesana de Coimbra (acompanhado de nota com o destino do donativo” Sementes do Saber”), podendo ser enviado por correio ou entregue na sede da Cáritas Diocesana de Coimbra

Numerário – entregue diretamente na sede da Cáritas Diocesana de Coimbra ou no Centro Comunitário S. José (Bairro da Rosa – Coimbra).

A Cáritas Diocesana de Coimbra emitirá o recibo correspondente ao donativo, que se enquadra no art.º 62º, nº 4, alínea c) do Estatuto dos Benefícios Fiscais.

Os livros, em condições de reutilização, deverão ser entregues, igualmente, na sede da Cáritas Diocesana de Coimbra ou no Centro Comunitário S. José (Rua do Parque de Jogos, Bl IV, sub cv – 3030-428 Coimbra)

Centro Comunitário S. José – Cáritas Diocesana de Coimbra

O Centro Comunitário S. José surgiu em 1998, na sequência da construção do Bairro da Rosa, destinado a realojar mais de 200 famílias em situação de habitação degradada. Com a finalidade de promover a inserção social da população, realiza o atendimento e acompanhamento social das famílias e dinamiza atividades de animação, recreativas, desportivas e culturais. A sua intervenção detém ainda dois notórios pilares – um dirigido ao público mais jovem, através da dinamização do “Centro de Atividades Juvenis” e da promoção de medidas que visam a prevenção do abandono e insucesso escolar, da toxicodependência e da delinquência juvenil, e o segundo dirigido à população em idade ativa, com a promoção de medidas e atividades para a integração profissional dos habitantes – como cursos de formação, informação e medidas de capacitação, através do “Centro de Recursos para o Emprego”.

Ao longos dos anos tem procurado responder às problemáticas sociais existentes, nomeadamente a pobreza, o desemprego ou emprego precário, situações de doença e invalidez, a baixa qualificação escolar e profissional e a exclusão social.

É, em suma, uma resposta de proximidade, prestes a completar 20 anos de atividade e que desenvolve um trabalho integrado, multidimensional e especializado na Comunidade que serve.

O Direito à Educação

O Direito à Educação está previsto no Art. 26 da Declaração Universal dos Direitos do Homem (ONU, 1948) e no Art. 28 da Convenção sobre os Direitos da Criança (ONU, 1989)

A Educação no Mundo

A Educação – todos concordarão – é uma exigência fundamental para o bem-estar social e um direito humano inalienável. Apesar disso há no Mundo milhões de crianças e jovens a quem esse direito não é acessível. Segundo dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) serão cerca de 263 milhões as crianças e jovens de todo o planeta que estão fora da Escola (dados de 2016)1. Face a esta realidade, que tem sido difícil de alterar, a agenda política mundial manifesta vontade de garantir uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade e de promover oportunidades de aprendizagem ao longo da vida para todas as pessoas. Isto mesmo foi consagrado, pelo período de 15 anos, em Maio de 2015 na Declaração de Incheon (Quarto Objetivo de Desenvolvimento Sustentável) pelos Estados Membros da ONU. Resta-nos acreditar que, ao contrário das iniciativas anteriores, nomeadamente a Década da Educação (1990-2000) e o Fórum Mundial sobre Educação (2000-2015) – que apesar de profícuas e importantes não alcançaram o sucesso pretendido – que este novo compromisso mundial se consubstancie no garante da Educação como direito universal. Tal não sucederá sem vontade política, mas também não ocorrerá sem o empenho de toda a sociedade, e é aqui que cada um de nós é chamado a ter papel ativo.

A Educação em Portugal

O direito à Educação em Portugal está consagrado na Constituição da República Portuguesa. No número 1 do Artigo 74 lê-se: “Todos têm direito ao ensino com garantia do direito à igualdade de oportunidades de acesso e êxito escolar”. E facto é que com a chegada da Democracia, após Abril de 74, e com a posterior integração na União Europeia em 1986, a inclusão no Sistema de Ensino tornou-se uma realidade na vida das crianças e jovens portugueses e a Educação beneficiou, até à atualidade, de uma evolução sem precedentes.

A Escola é hoje para todos, pelo menos no que se refere às dimensões da frequência e do acesso. Ultrapassadas que estão quer as assimetrias regionais, quer as desigualdades de género para a integração escolar, contudo, parecem permanecer ainda as dificuldades que advém do meio social de partida, quando este é marcado pela pobreza e precariedade, traduzindo-se comummente em retenções ou mesmo no abandono escolar. Ora para que a igualdade de oportunidades educativas (ou se preferirmos a democratização do ensino) seja respeitada, como advoga a Lei de Bases do Sistema Educativo, todas as crianças e jovens devem deter as condições que lhes permitam usufruir plenamente do seu direito à educação. No terreno são as organizações provenientes do terceiro sector ou da economia social que se dedicam a auxiliar a Escola (e com ela o Estado), os pais e as crianças e jovens a promover a equidade e o sucesso escolar. O combate pela universalização do sucesso escolar – tornando-o independente do meio de origem- é árduo mas vale todo o esforço. É nele que se enquadra o projecto Sementes do Saber.

1 Estudo: ONU, 2016:“Não deixando ninguém para trás: quanto falta para a educação primária e secundária universal?”

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