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Portuguesa nomeada para prémios londrinos de teatro

Os prémios, cujo nome, OFFIE, é um acrónimo de “The Off West End Theatre Awards”, pretendem “reconhecer e celebrar a excelência, inovação e criatividade dos teatros independentes por toda a Londres”. São considerados anualmente mais de 400 espetáculos que têm lugar em mais de 80 salas e os prémios têm duas variantes, uma atribuída por um grupo de críticos e outra pelo público.

O galardão é considerado o mais importante a seguir aos prémios Laurence Olivier, atribuídos pela Associação dos Teatros de Londres, sobretudo aos grandes espetáculos comerciais do West End, como musicais.

A encenadora portuguesa Tânia Azevedo foi nomeada pelo trabalho na peça “Paper Hearts”, enquanto o ator principal, Adam Small, está nomeado para a categoria de Melhor Ator Masculino num Musical.

“Sou a única estrangeira e também a mais nova dos 17 nomeados”, disse à agência Lusa.

O espetáculo de teatro musical terminou no passado sábado, após duas semanas de atuações no ‘Upstairs at the Gatehouse’, seguindo para uma digressão internacional em Hamburgo, na Alemanha, de 30 de maio a 7 de junho.

A história centra-se no funcionário de uma pequena livraria, a qual tenta salvar da compra por um grande grupo, ao mesmo tempo que procura acabar de escrever um romance que tem lugar na Rússia nos anos 1940.

Em palco, estas duas narrativas decorrem em alternância e protagonizada pelos mesmos atores.

Outra inovação foi a utilização de uma técnica de teatro musical que é a de atores-músicos, ou seja, um elenco que toca os instrumentos, como violino, violoncelo ou guitarra.

“Temos sete instrumentos ao todo neste musical, todos tocados por atores que são também o ensemble. Dançam com os instrumentos e fazem toda a peça com os instrumentos”, descreveu a encenadora portuguesa.

O espetáculo é o resultado de um trabalho de quatro anos, culminar do sonho de Liam O’Rafferty, um designer gráfico e músico amador que decidiu escrever o seu primeiro teatro musical aos 50 anos.

Conheceu Tânia Azevedo através de um amigo comum, que gostou das músicas mas que sugeriu melhorar a estrutura dramática, o que implicou mais cerca de um ano.

Uma versão mais curta foi testada no Festival de Edimburgo no ano passado, onde receberam bom ‘feedback’ e perceberam o que teriam de melhorar.

“É uma história universal de uma pessoa se tornar uma versão melhor de si própria ao encontrar alguém como ele, de como a vida muda quando se conhece uma pessoa que tem as mesmas paixões. É romântica e muito encantadora”, garantiu Tânia Azevedo.

Após oito anos em Londres, onde chegou para estudar teatro, a encenadora portuguesa pondera regressar a Portugal para tentar dinamizar o teatro musical no país.

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