“Como cidadão (Português) da União Europeia, residente e contribuinte fiscal quase durante 50 anos no Reino Unido, não compreendo porque, votando em eleições europeias, direito outorgado pelo Tratado de Maastricht, não tenho semelhante direito em exercê-lo em tão importante referendo europeu”. É nestes termos que o português Gilberto Ferraz se dirige em carta ao primeiro-ministro David Cameron, pedindo a revogação da legislação eleitoral a aplicar no referendo sobre a permanência do Reino Unido, que o chefe do governo conservador prometeu realizar até 2017.

De acordo com notícias publicadas nos media britânicos, o executivo de David Cameron estabeleceu que só poderão participar no referendo os mesmos eleitores que constituem o universo das legislativas. Isto é, qualquer cidadão com 18 anos ou mais, os naturais da Irlanda e dos países da Commonwealth a residir no Reino Unido e os britânicos a viver há menos de 15 anos no estrangeiro.