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Português candidato nas eleições autárquicas britânicas em Crawley

O português Carlos Portal Castro é candidato pela segunda vez consecutiva nas eleições locais em Crawley, a sul de Londres, mas desta vez espera ter mais sucesso porque concorre na área de residência.

“A primeira vez que me candidatei [em 2015], foi para uma zona [Pound Hill] com a qual não tinha qualquer relação pessoal nem de trabalho. No entanto, trabalhei bastante para fazer uma companha forte pelo Partido Trabalhista. Não ganhei, mas consegui maior número de votos do que outros candidatos no passado”, disse à agência Lusa.

Nas eleições de 05 de maio, nas quais vão a votos apenas parte das freguesias, vai candidatar-se por Tilgate, uma área com maior base eleitoral do “Labour” e onde se instalou com a família quando se mudou do País de Gales para Inglaterra, em 2013.

Foram as dificuldades em encontrar habitação e escola para as três filhas que fizeram este bancário tornar-se ativo na comunidade, envolvendo-se inicialmente num grupo cívico local.

Mais recentemente, lançou o Black Tie Portuguese Affair, uma associação que promove eventos de convívio onde se juntam portugueses e pessoas de outras culturas, procurando assim “unir e fundir as diferentes comunidades que existem em Crawley”.

“Foi aqui que a minha familia sofreu muitas dificuldades. Hoje posso dizer que estas mesmas dificuldades são apenas algo do passado. Após grandes esforços, as barreiras perderam a guerra. É isto que também quero para as pessoas de Tilgate. Será bom para a minha familia, mas também para que todas as famílias vivam ali em segurança, conforto e com os serviços necessários”, afirmou à Lusa.

Carlos Portal Castro, que saiu de Portugal em 2009, concorre pelo partido Trabalhista, o qual elogia por ter sido “acolhedor para como uma pessoa como eu, que tem vontade de fazer algo pela comunidade”.

Crawley é uma cidade localizada perto do aeroporto de Gatwick e habitada por um grande número de imigrantes, entre os quais uma comunidade que ronda os cinco mil portugueses.

Em 2015, as eleições coincidiram com as legislativas, o que foi uma desvantagem porque muitos eleitores tradicionalmente trabalhistas a nível local que acabaram por votar no partido Conservador em ambos os boletins de voto.

Desta vez, tem mais hipóteses de ganhar, tendo apenas para isso de manter a vantagem sobre os Conservadores que o seu antecessor trabalhista conseguiu há cinco anos atrás.

“As notícias de última hora, ser conhecido pelos residentes e se os que votam Labour saem de casa nesse dia para votar podem alterar os resultados. Por muito que haja mais eleitores Labour num ward, o que conta é ir votar. É por isso que cada voto conta e é isto que tento explicar aos portugueses”, vincou.

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