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Portugal vence mas há trabalho pela frente

Portugal, em modo experimental, bateu a Noruega, por 3-0, e alcançou a vitória mais expressiva da ‘era’ Fernando Santos, embora o selecionador luso ainda tenha muito trabalho antes do Euro2016 de futebol, sobretudo no meio-campo.

No Estádio do Dragão, a formação portuguesa foi um justo vencedor perante uma quase inofensiva seleção norueguesa, acabando o resultado por disfarçar algumas dificuldades e descoordenação que Portugal apresentou na construção de jogo, sobretudo na primeira parte.

Num lance individual, naquele que foi o primeiro remate de Portugal, Ricardo Quaresma abriu o marcador, aos 13 minutos, acabando Raphael Guerreiro, aos 65, e Éder, aos 70, por confirmar a oitava vitória da história sobre os noruegueses.

Quaresma foi mesmo o jogador mais inconformado em campo, tendo mostrado a Fernando Santos que no Euro2016 quer passar de ‘arma secreta’ a titular.

Cedric e Guerreiro também ganharam alguns pontos na luta pelas laterais, assim como Adrien, que entrou na segunda parte e deu vida à formação portuguesa.

No primeiro teste para o Europeu, que arranca a 10 de junho, em França, Portugal venceu pela primeira vez com três golos de diferença desde que é liderado por Fernando Santos. O anterior melhor registo era o 2-0 alcançado sobre o Luxemburgo, num particular em novembro do ano passado.

Portugal teve pela frente uma Noruega muito fechada, que desde o início defendeu com os 10 jogadores de campo atrás da linha da bola, dificultando ainda mais a tarefa da linha média, que foi composta William Carvalho, Moutinho, João Mário e André Gomes.

Mesmo depois do génio de Quaresma ter desfeito a teia norueguesa e colocado Portugal em vantagem, aos 13 minutos com um remate cheio de efeito, a equipa de Fernando Santos continuou a ter muitas dificuldades.

Éder, que fez dupla no ataque com o jogador do Besiktas, ainda teve um lance em que podia ter batido Jarstein novamente, mas até ao intervalo a falta de inspiração voltou a imperar.

William esteve muito ‘pesado’ à frente dos centrais, perdendo algumas vezes a bola em zonas proibidas, o que levou mesmo Fernando Santos a perder a calma no banco de suplentes. Moutinho está longe da melhor física e passou ao lado do jogo, enquanto Gomes e João Mário, mais descaídos para as alas, tiveram muitas dificuldades nos duelos individuais.

O resultado podia ser outro ao intervalo, mas o guarda-redes Anthony Lopes, que apareceu no ‘onze’, impediu King de marcar, num lance em que José Fonte meteu ‘água’, ao deixar-se antecipar pelo avançado do Blackburn.

Mesmo assim, Santos optou por não mexer no arranque da segunda parte, mas cedo teve que mudar de ideias, já que a Noruega tomou conta do jogo e começou a chegar com mais facilidade à área lusa.

Depois de lançar Adrien para o lugar de Moutinho, Portugal ainda viu uma bola embater na barra, mas a partir daí voltou a ser ‘dono’ da partida e aumentou a vantagem.

O médio do Sporting ganhou uma falta à entrada da área e Raphael Guerreiro converteu com muita classe o livre, colocando a bola no ângulo superior esquerdo da baliza de Jarstein, que ficou ‘pregado’ ao chão, aos 65 minutos.

Pouco depois aos 70, foi a vez de Éder marcar a passe de João Mário. O avançado do Lille antecipou-se a um defesa norueguês, após centro rasteiro de João Mário, e fez o seu segundo golo com a camisola das ‘quinas’.

Nesta altura, Éder usava a braçadeira de capitão, já que era o jogador com mais internacionalizações em campo, depois da saída de Ricardo Carvalho.

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