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Portugal avança na Inteligência Artificial

 Portugal deverá ter até fim do ano uma estratégia nacional para o uso da inteligência artificial, usando como modelo projetos em que instituições científicas tratarão dados da administração pública e do Estado, afirmou o ministro da Ciência.

Manuel Heitor falava aos jornalistas no final da apresentação dos projetos apoiados com quatro milhões de euros no âmbito do Programa Nacional para as Competências Digitais (INCoDe), que tem 2030 como meta.

O ministro afirmou que esses projetos, em que os dados como a incidência de doenças ou o número de acidentes rodoviários serão tratados para daí se extrair uma ferramenta útil, vão “ajudar a montar essa estratégia” e garantir a “ética e proteção de privacidade”, o “bem público que está no ADN da administração pública”.

“Estes temas podem ser mal usados, como mostram os crimes de cibersegurança, as falsas notícias ou as alterações de eleições”, disse Manuel Heitor, que considera o regime jurídico europeu, que Portugal segue, como “o adequado”.

Nos projetos divulgados, inclui-se um sistema de deteção precoce de avarias que vai ser testado no Metro do Porto, em que se pretende que as carruagens não tenham de ser retiradas de circulação tantas vezes por causa de avarias que se agravam.

A ministra da Modernização Administrativa, Maria Manuel Leitão Marques, afirmou esperar “que daqui a 18 meses haja bons resultados destes projetos”, salientando que são iniciativas “da inovação mais avançada” e que “só no fim” se saberá.

Para já, saudou que estejam envolvidos vários setores da administração pública, como direções gerais, municípios ou a Guarda Nacional Republicana.

Maria Manuel Leitão destacou que 40% dos projetos sejam da área da saúde, “a de maior impacto na vida das pessoas”, em que reconheceu que é preciso melhorar a eficiência.

Nesse setor, foram contemplados projetos em que a informação estatística dos serviços do ministério da Saúde pode ser tratada com inteligência artificial para prever tendências e daí partir para ordenar os casos por prioridade, como em modelos de previsão de complicações pós-operatórias para doentes de cancro.

Outro projeto visa criar uma aplicação para telemóvel em que os dermatologistas possam tirar fotografias com qualidade de lesões na pele para facilitar no diagnóstico precoce do cancro da pele.

O ministro da Ciência afirmou que até janeiro deste ano deverá abrir um novo concurso para projetos deste tipo, o último da legislatura.

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