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Por uma representação diplomática mais activa

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Portuguesas e portugueses, o ano de 2016 mal começou e os portugueses residentes no estrangeiro, nomeadamente em França, foram novamente vítimas de uma forma de tratamento desigual, injusta e incompreensível.

Enquanto Conselheiro das Comunidades Portuguesas lamento as declarações proferidas nas últimas semanas, tanto pelo actual Embaixador de Portugal em França como as declarações do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva. Considero que o meu dever é agir em prol dos portugueses que represento. Neste caso posso afirmar que a posição que tomo assim como as acções que iniciei, acompanham o sentir da comunidade portuguesa residente em França. A comunidade portuguesa praticamente não conhece o actual embaixador, ao contrário dos seus antecessores. Um cidadão português que tenha a honra de receber o Grau de Cavaleiro da Ordem das Artes e das Letras não pode estar na origem de nenhum equívoco. Deveria, antes pelo contrário ser motivo de orgulho e de reconhecimento de todo povo português, nomeadamente dos portugueses que residem em França e logo também o deveria ser para o Sr Embaixador Moraes Cabral, para o Sr Deputado Paulo Pisco, para o Sr Ministro Augusto Santos Silva, ou seja, para toda a nação.

Gostaria de poder acreditar e afirmar livremente, que somos todos portugueses onde quer que nos encontremos. Que temos todos o direito de exigir igualdade de tratamento, respeito e consideração, independetemente do local de residência, do meio de origem, ou do estrato social.

O artigo primeiro da Constituição Portuguesa é muito claro nesta matéria: “Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária.” Assim sendo, parece-me legítimo que nós portugueses residentes no estrangeiro tenhamos todo o direito de ser representados, defendidos e tratados de uma forma igual, justa e digna onde quer que estejamos.

Relembro que França é o país do mundo que concentra a maior comunidade portuguesa residente fora de Portugal. Cerca de 1,3 milhões de portugueses residem em terras gaulesas. Estamos a falar de uma população praticamente equivalente, ao numero de habitantes da cidade do Porto e da sua área metropolitana.

Por estes motivos acima anunciados, pelo facto da grande maioria da comunidade portuguesa residente em França desconhecer o actual Embaixador, consideramos que temos o direito de exigir uma representação mais activa, menos desigual e mais próxima para com e de todos os portugueses presentes em solo francês. Continuamos a exigir através um abaixo-assinado que se encontra, nesta página internet a substituição do actual Embaixador de Portugal em França.

Rui RIBEIRO BARATA

Conselheiro das Comunidades Portuguesas pela Área Consular de Estrasburgo (França)

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*Artigo escrito ao abrigo do antigo acordo ortográfico

 

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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