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O Verdadeiro Amor: o amor que sinto por mim

Amor próprio, meu senhor, não é um pecado tão grande como a negligência do eu.
Shakespeare

Já no tempo de Shakespeare o dilema do amor próprio – ou a falta dele – afetava os seres humanos da pior maneira. De facto, este não é um tema novo e já inúmeros artigos foram escritos à sua volta, mas é algo com que continuamos a lidar diariamente. Como terapeuta são várias as pessoas que passam pelo meu consultório cujos problemas se podem resumir a uma falta gigante de autoestima. Mas por que razão se fala tanto de amor próprio? Por que razão continuamos a escrever sobre este assunto? No fundo, o amor próprio é a raiz do ser. É algo que, quando mal tratado, se agarra a todas as áreas da nossa vida e as corrompe, prejudicando não só a nossa pessoa, como também as pessoas à nossa volta.

Nada adianta se não estivermos centrados em nós próprios. Hoje em dia, apesar de nos devermos focar no interior, o exterior tornou-se demasiado atrativo. Existem inúmeras distrações, e estas fazem com que seja difícil perceber onde estamos, o que desejamos verdadeiramente para nós, o que nos entusiasma realmente, e o que nos move. Por outras palavras, já não sabemos quem realmente somos.

Perceber essa verdade torna-se um puzzle de difícil encaixe. Foi-nos dito como deveríamos ser, como deveríamos agir, como seria o futuro, ou quais podiam ser os nossos sonhos – e tudo isso despiu-nos da nossa verdadeira essência e tornou-nos agentes passivos da nossa vida. A pressão das expectativas dos outros e de podermos falhar leva-nos inconscientemente a escolher o caminho mais fácil – o caminho da fuga, o caminho da distração.

Assim sendo, um dos hábitos mais negativos para o amor próprio consiste em ficar preso a uma realidade imposta pelos anos e pelas crenças, mas que em nada nos acrescenta ou que em nada nos faz feliz. Da mesma maneira, é fácil fugir de nós próprios, através de tudo o que o exterior nos oferece. É tão rápido adiar o olhar para dentro do nosso verdadeiro EU: basta um segundo para estar na realidade do faz de conta.

Não devemos, porém, sucumbir ao desespero. O trabalho de nos encontrarmos produz os seus frutos e entender a nossa verdadeira essência é a melhor recompensa. É libertador saber exatamente o que desejamos e o que realmente nos entusiasma. Saímos do buraco do falso eu e livramo-nos do que os outros querem e acham que nos faz feliz. Nesse estado de ser podemos ser mais para nós e, consequentemente, mais para os outros.

Deixo-vos com a ponta do véu levantada acerca da Autoestima, esse sentimento que faz milagres por todos nós. Traz-nos o respeito, a dignidade, a valorização pessoal e sobretudo o Amor que merecemos e de que precisamos para ter uma vida equilibrada e feliz.

Por vezes, no entanto, estamos tão dentro do nosso buraco que precisamos de ajuda para escalar até à saída. A Autoestima pode e deve ser trabalhada. A Hipnose terapêutica e o acompanhamento profissional trazem resultados positivos à vida de cada um, evitando também o medo, a ansiedade e a depressão. No Lado Violeta, o meu trabalho como terapeuta tem ajudado muitas pessoas a encontrar o amor próprio, mesmo quando a esperança já era pequena. Se sente que precisa de ajuda para se libertar da negligência do Eu, não hesite em contactar-me.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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