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O Relógio do Tempo

O relógio soa

E nos induz, em tom mordaz,

A recordar que uso fugaz

Fizemos do dia que escoa

Charles Baudelaire, As Flores do Mal

 

O relógio do tempo

não para,

avança inexoravelmente

pontual e fugaz

na sucessão imanente

dos dias e das noites.

O relógio do tempo

não anda para trás,

urge

e não se compadece

que o hoje, amanhã

seja ontem.

Moldado em horas

escoadas

em minutos e segundos,

o relógio do tempo

é universal,

aplica a todos por igual

a sentença da vida

e da morte,

a todos destinada

por todos desconhecida.

 

Daniel Bastos, “O Relógio do Tempo”, in Terra.

Ilustração de Orlando Pompeu

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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