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O horror e a cobardia

Não importa o lugar onde o horror se ergue com aquele formato da cobardia que o torna só aparentemente triunfante. Será sempre um lugar onde se acoitam os assassinos, perante o(s) lugar(es) onde a Humanidade sofre no seu rincão de paz, mesmo quando esta é uma exceção, um tempo breve de respirar.

Em Deus(es) e nas estruturas de crença que se compreendem numa fé ou espiritualidade dialogante com a razão, nas religiões que fazem o Ser humano no primado da ética, da relação e da consciência, não há lugar para o direito de atentar sem vislumbre mínimo de respeito pela vida humana.

Não importa se é Manchester ou se numa terra seca e sem nome. Não importa se alguém reivindicou. Estes que matam arriscam-se a não merecer outros e não têm o direito de reivindicar um qualquer Outro, porque, como dizem crentes da mesma religião que alegadamente professam, não há um Outro que os justifique.

Por isso, embora reivindicando um Outro, traem e vilipendiam em ações que nada têm de sacrificial. E já se provou que colocar as culpas em Deus(es) e nas estruturas de crença é uma menoridade, uma redutora e perigosa leitura, tão falsa como a motivação destes que apenas os seus iguais festejam.

Assassinos são assassinos, mesmo que mudem de nome, roupa, pronúncia ou arma. Agem pela instrumentalização de interesses dominados pelo ódio e pela subjugação. São vergonha de e para a Humanidade.

Quem mata assim anda perdido num corredor de ódios, mas representa também um desafio de humanidade, porque ao Ser humano, sobretudo em contexto religioso, nenhuma expressão de ódio deve ficar indiferente.

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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