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Nuno Côrte-Real estreia sinfonia em Milão

A peça “Sinfonia Noa Noa”, de Nuno Côrte-Real, é estreada pela Orchestra Sinfonica di Milano Giuseppe Verdi, sob a direção do próprio compositor, no Auditório da Fondazione Cariplo, em Milão, no norte de Itália.

A “Sinfonia Noa Noa”, com uma duração de vinte minutos e dividida em cinco andamentos, é inspirada na estadia do pintor Paul Gauguin (1889-1903) na ilha do Taiti, na Polinésia Francesa, explicou à agência Lusa Nuno Côrte-Real.

A sinfonia, “um tributo a Paul Gauguin”, é uma obra na qual o compositor pensava “desde há cerca de dois anos”. “Esta sinfonia surgiu da minha vontade de fazer uma obra sinfónica que tivesse a ver com o mundo pictórico de Gauguin”, acrescentou.

Cada andamento tem o título de um quadro que pintor fez quando esteve no Taiti: “De onde viemos? O que somos? Para onde vamos?”, “Contos bárbaros”, “Idílio no Taiti”, “O cavalo branco” e “Matamoe”.

Côrte-Real referiu que o título escolhido é resgatado de um livro escrito por Gaugin, “Noa Noa”, “meio autobiográfico, mas não factual, pois é muito romanceado, e é mais um testemunho literário seu”.

“Noa Noa”, na língua nativa, significa “perfume” e, nesta sinfonia, o compositor afirmou que procurou “fazer uma ligação sinestésica, isto é, a transversalidade dos sentidos, neste caso da audição e da visão, uma busca que, de certa forma, o próprio Gauguin tinha”.

O compositor acrescentou que associou determinados timbres musicais a certas cores, procurando “um sentimento de fusão entre o som e a cor”.

Esta sinfonia é estreada em Milão e volta a ser ouvida, também pela “la Verdi”, nome pelo qual é amplamente denominada a orquestra sinfónica milanesa, e sob a direção de Côrte-Real, no próximo dia 29 no Teatro-Cine de Torres Vedras e, no dia seguinte, em Lisboa, no grande auditório do Centro Cultural de Belém, no âmbito da Temporada Darcos.

O programa dos concertos, além da obra do compositor português, inclui a Suite n.º 1 de “Peer Gynt”, de Edvard Grieg, e a Sinfonia n.º 9, “Novo Mundo”, de Antonín Dvorák.

Nuno Côrte-Real está atualmente a trabalhar na conclusão da ópera “Canção do Bandido”, com libreto de Pedro Mexia, baseada no conto popular português “Macaco de rabo Cortado”, e que se estreia no dia oito de novembro, no Teatro da Trindade, em Lisboa, sob a sua direção artística.

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