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Não se deixe enganar ao atravessar o País Basco

Segundo avança o jornal GastezHoy, no País Basco, as comunidades de Álava e Gipuzkoa estão a enganar, uma vez mais, os emigrantes que circulam direção a Portugal.

Um ano mais as comunidades de Gipuzkoa e Álava voltam a aproveitar-se dos milhares de cidadãos europeus que durante estes dias cruzam o território do País Basco. Ambas são responsáveis pelas enormes filas de trânsito, que antes da existência da AP-1, simplesmente não existiam.

Segundo este meio informativo, na AP-1, é possível encontrar filas de trânsito de cerca de 6 kms nas portagens de Etxabarri-Ibiña, pois segundo a sinalização, é a única direção válida para os emigrantes se encaminharem desde a fronteira francesa até Portugal.

Na sinalização não aparece a nenhum momento uma segunda alternativa: a de Etxegárate. No caso de Etxegarate trata-se um traçado mais simples, sem necessidade de estar parado em filas de trânsito até chegar à “Llanada Alavesa”. Afinal o tempo que se conseguiu ganhar na AP-1 para atravessar o País Basco evapora-se a 6 quilómetros de Álava.

As retenções de trânsito produzem-se quilómetros antes da portagem de Etxabarri-Ibiña, seguindo a circulação lenta na N622 (a estrada de Altube para Vitória), onde a Direção Geral de Tráfego colocou uma faixa “especial” para quem circula direção a Valladolid. Uma faixa especial que, no entanto, não vai à raiz do problema: o acesso à AP-1 em Donostia.

Desde que abriu a AP-1, ambas as comunidades empenharam-se em desviar o trânsito por esta estrada, mas a estrada por Etxegarate é uma estrada que, após as obras de melhoramentos, suporta uma elevada quantidade de tráfego.

Pela “velha estrada de Etxegarate só existem duas curvas perigosas desde a subida de Gipuzkoa. Além disso, o trajecto entre a fronteira Francesa e Júndiz pela N1 ou pela AP1 tem apenas uma diferença de 8 quilómetros.

Assim, as comunidades conseguem cobrar 11,60€ por cada viatura ligeira que circule na AP-1, com o objetivo de amortizarem uma estrada que, pelo contrário, não seria rentável. É de recordar que a auto-estrada AP1 é uma estrada pública, sob gestão de empresas que são propriedade de ambas as comunidades.

No caso de Gipuzkoa há vários anos que este engano se vem a realizar à saída de San Sebastián. Um sinal indica a direção de Vitoria-Gasteiz e de Burgos através da AP-1, enquanto que o desvio pela antiga N-1 por Etxegarate indica somente a direção Lasarte (saída 24).

Quem conhece o percurso sabe utilizar esse desvio, mas a maioria acaba por seguir pela AP-1, obrigada pela sinalização. E durante a “Operación Salida” realizada no País Basco, centenas de novos condutores atravessam aquelas comunidades, desconhecendo este engano.

Por João Costa em FerreiradoZezere.net

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