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Morreu o fotógrafo da emigração portuguesa para França

Gérald Bloncourt, o fotógrafo que imortalizou a emigração portuguesa em França nos anos 60 e 70, nomeadamente nos bairros de lata, morreu esta segunda-feira, aos 92 anos, disse à Lusa fonte da família.

O fotojornalista retratou os “bidonville” portugueses, mas também fez imagens da viagem clandestina – “a salto” – para França, assim como imagens de Portugal sob a ditadura e no período que se seguiu ao 25 de Abril de 1974.

Gérald Bloncourt foi condecorado com a ordem de Comendador da Ordem do Infante D. Henrique, pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, durante as comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, que decorreram entre 10 e 12 de junho de 2016.

As suas fotografias integraram várias exposições em Portugal e França, nomeadamente no Museu Berardo, em Lisboa, em 2008, na mostra intitulada “Por uma vida melhor” e fazem parte dos arquivos da Cité nationale de l’histoire de l’immigration, em Paris, e do Museu das Migrações e das Comunidades de Fafe.

O primeiro “bidonville” que o repórter fotografou foi o de Champigny-sur-Marne, nos arredores de Paris.

Gérald Bloncourt era também pintor e poeta, tendo participado na criação do Centro de Arte Haitiana (1944) e publicado vários livros.

Uma das publicações com as fotografias de Bloncourt é um livro assinado por Daniel Bastos, colunista do BOM DIA, com o título “Gérald Bloncourt – O olhar de compromisso com os filhos dos Grandes Descobridores”.

O funeral de Gérald Bloncourt está previsto para 5 de novembro, a partir das 14:30, no cemitério Père Lachaise, em Paris.

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