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Montalegre brinda Mundial de Ralicrosse com sol, chuva, neve em final emocionante

A vila de Montalegre, no distrito de Vila Real, acolheu este fim de semana a segunda etapa do Mundial de Ralicrosse com sol, chuva, neve e uma final disputada, ‘mistura’ que não impediu a lotação esgotada.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) previu chuva para sábado, primeiro dia da competição, mas o sol teimou em prevalecer, contudo, domingo as previsões cumpriram-se e, durante a segunda meia final, a queda intensa de neve surpreendeu todos, levando à ‘fuga’ de alguns espetadores.

Apesar de temperaturas a rondar os três graus celsius, não parecendo que daqui a um dia começa o mês de maio, as bancadas compuseram-se por completo, lotando as suas capacidades.

O campeão do mundo em título Johan Kristoffersson, ao volante de um Wolkswagen Polo R, venceu hoje a corrida final, mantendo a liderança do campeonato com 53 pontos.

Loeb, o nove vezes campeão do mundo de ralis, que terminou o primeiro dia na frente, conseguiu o segundo lugar, ocupando agora a quarta posição do campeonato com 39 pontos, 25 dos quais somados hoje.

O lugar mais baixo do pódio foi ocupado por Peter Solberg, bicampeão do mundo de ralicrosse em 2014 e 2015, descendo do segundo para o terceiro lugar no campeonato com 43 pontos.

Os mais aficionados da modalidade vestiam a rigor, exibindo camisolas, gorros e bandeiras dos seus pilotos favoritos, contrastando com o resto de espetadores ‘equipados’ com agasalhos de inverno.

Apesar do frio, as bancadas mantiveram-se preenchidas até ao final da competição, nas quais sobressaiam o rosa, vermelho, verde e amarelo das capas de chuva.

As temperaturas não retiraram a fome e a sede aos que assistiam ao ralicrosse que, recolhidos em carros, despejavam as arcas.

Depois de 320 quilómetros e de uma viagem de quatro horas de Leiria a Montalegre, João Gomes não se arrependeu daquilo por que passou, sublinhando que estes “ingredientes todos juntos” – referindo-se ao sol, chuva, neve e temperaturas baixas – não se veem todos os dias, muito menos onde mora.

“Só foi pena o Loeb não ganhar, estava a torcer por ele, mas pronto ficou em segundo lugar, o que é bom”, disse.

De Lousada, Marina Santos, apoiante do português Mário Barbosa, confessou estar “gelada”, mas o “vício é maior”, afirmou.

“Adoro ralis, por isso, é que sempre que posso venho, independentemente do estado do tempo”, referiu.

Da vizinha Espanha, Pepe Joeles, um aficionado confesso da modalidade veio de Ourense, já pelo terceiro ano consecutivo, para apoiar Peter Solberg, que hoje não conseguiu mais do que um terceiro lugar.

Sobre o facto de ter vindo a Montalegre em detrimento de Barcelona, que recebeu a primeira volta do campeonato mundial, Pepe explicou que Montalegre tem uma pista mais bonita e “mais emocionante”.

Com a prova garantida até 2022, a vila de Trás-os-Montes volta a representar para o ano Portugal nesta prova mundial com uma nova bancada, alargamento do `paddock´ e acessos melhorados, adiantou hoje à Lusa o vice-presidente da câmara local, David Teixeira.

Depois de Montalegre, o Mundial de Ralicrosse segue para Mettet, na Bélgica, e termina em novembro na Cidade do Cabo, na África do Sul.

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