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Militares portugueses recebidos com palmas e respeito das chefias

A força portuguesa ao serviço da ONU na República Centro Africana regressou esta segunda-feira a casa com aplausos e abraços de centenas de familiares e elogios das chefias à dignidade com que cumpriram durante seis meses a missão.

O chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, almirante Silva Ribeiro, afirmou que os 159 militares merecem respeito “pela forma digna e competente” como cumpriram a sua parte na missão das Nações Unidas para a estabilização daquele país.

Em ação desde setembro de 2017, “tiveram de lidar com ameaças permanentes, um ambiente político, social e militar complexo, elevado ritmo e duração operacional muito acima do adequado para uma força desta natureza”, afirmou.

O secretário de Estado da Defesa, Marcos Perestrello, afirmou que “o mundo não pode ficar indiferente” perante os grupos armados que atuam na República Centro Africano, que a pretexto de interesses diferentes exercem “extorsão e violência sobre as populações”.

Os militares portugueses da segunda força de reação rápida da missão, na sua maioria comandos mas também com uma equipa de quatro elementos da Força Aérea, “salvaram vidas e melhoraram as vidas de milhares” de pessoas.

O almirante Silva Ribeiro destacou várias operações em que os militares portugueses estiveram várias semanas a centenas de quilómetros da sua base, na capital, Bangui, marcadas pela “intensidade e ocorrência de situações de combate”.

O tenente-coronel Alexandre Varino, que comandou a força, disse aos jornalistas que durante a missão “houve períodos de alguma tensão” e que as deslocações num país com estradas “muito degradadas” foram a dificuldade mais recorrente.

No contacto com a população, os soldados portugueses “nunca sentiram hostilidade”, garantiu, afirmando que todos sentem que “cumpriram bem a missão”.

Antes da chegada do avião que os trouxe a Lisboa, já centenas de familiares se tinham juntado num hangar do aeroporto militar de Figo Maduro.

À entrada dos primeiros “boinas azuis” no hangar, eram 22:10, houve palmas, assobios, balões, cartazes, bandeiras, tudo serviu para exultar.

Seis meses de saudades acumuladas não se contiveram e muitos familiares correram ao encontro dos regressados, no meio de lágrimas, beijos e abraços.

O reencontro definitivo e o regresso a casa ainda teria que esperar uma hora de discursos e protocolo.

Para o capitão Carlos Galhano, cujo colo a filha pequena tomou de assalto logo após o fim da formatura, valeu a pena o esforço de ir para a República Centro Africana tentar “melhorar a qualidade de vida e garantir oportunidades para todos os que lá vivem”.

O militar dos Comandos disse à agência Lusa que os próximos dias serão para “descansar, estar com a família e dar-lhes 200 por cento a eles, que suportaram esta ausência”.

Na madrugada passada, partiu de Figo Maduro uma companhia de 138 militares do Exército e da Força Aérea para a missão da ONU na República Centro-Africana, para se reunir ao destacamento avançado de 21 elementos que está no terreno desde fevereiro.

A terceira força nacional destacada é composta por 138 militares, dos quais três da Força Aérea e 135 do Exército, a maioria oriunda do 1.º batalhão de Infantaria Paraquedista.

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