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Mais de 100 empresas portuguesas participam na feira Maison & Objet em Paris

Mais de cem empresas portuguesas, nalguns casos a representarem mais do que uma marca, estarão presentes na feira Maison & Objet, de 19 a 23 de janeiro, no Parque de Exposição de Paris Nord Villepinte.

A feira, que decorre duas vezes por ano na região de Paris, vai juntar os profissionais dos setores da decoração, mobiliário, têxteis-lar, iluminação, acessórios e cozinha e são esperados mais de 85 mil visitantes e 3.000 marcas, de acordo com a apresentação na página internet do evento.

A Associação Portuguesa das Indústrias de Mobiliário e Afins (APIMA) vai apoiar mais de 40 empresas e vai haver “novidades” como “todos os anos” porque “a maior parte das empresas faz a apresentação de novas coleções” nesta feira, de acordo com Gualter Morgado, diretor executivo da APIMA.

“É uma das feiras mais internacionais onde nós participamos porque tem visitantes não só do mercado francês mas de todo o mundo. Algumas empresas até utilizam a feira de Paris como plataforma da sua internacionalização para o resto do mundo”, explicou à Lusa Gualter Morgado.

O representante das empresas de mobiliário destacou que “as expectativas são sempre as melhores” e traduzem-se na vontade de “abrir novos mercados” e manter os contactos feitos nas edições anteriores, sendo o próximo passo adquirir o reconhecimento do público.

“Neste momento o que falta é o reconhecimento do público em geral porque ao nível profissional Portugal já está reconhecido como um dos melhores do mundo, quer no mobiliário quer na decoração, no âmbito de uma fileira casa para o setor doméstico e para o setor hoteleiro. Só que esse reconhecimento ainda não é total por parte do consumidor final”, vincou Gualter Morgado.

A Associação Selectiva Moda, “o braço armado para a realização das feiras internacionais” da Associação Têxtil e Vestuário de Portugal (ATP), vai apoiar “um grupo de dez empresas particularmente sofisticadas” nos têxteis-lar e decoração, adiantou Paulo Vaz, diretor-geral da ATP.

“Numa feira destas, o mais importante é não só passar a ideia e que o ‘Made in Portugal’ corresponde a uma excelência produtiva, à excelência ao nível da inovação tecnológica, mas também à excelência ao nível da criatividade da criação de marcas, conceitos e coleções na decoração, conforto da casa e ‘lifestyle'”, afirmou.

O diretor-geral da ATP sublinhou que “Portugal está a começar a jogar no campeonato” dos ‘trend setters’ e a expectativa é “vir a crescer e um dia vir a ser campeão”.

“Até há algum tempo, forçosamente pelas características da nossa indústria, éramos ‘followers’, portanto, éramos seguidores das tendências do que os outros faziam. Neste momento, estamos nós próprios a criar tendências, somos referência para outros países”, considerou Paulo Vaz.

A Associação dos Industriais Portugueses de Iluminação (AIPI) vai, por sua vez, apoiar 15 empresas de iluminação e cutelaria que pretendem fazer o “contacto com os atuais clientes e tentar captar novos clientes para continuar a aumentar as exportações”, de acordo com Ricardo Sebastião, diretor executivo.

Os setores da iluminação e cutelaria “têm apostado cada vez mais no ‘design’”, depois de muitas empresas não terem resistido à competição pelo preço com os mercados asiáticos há mais de dez anos.

Desse choque, sobreviveram “apenas as empresas que conseguem competir por uma mais-valia tanto no ‘design’ como no saber-fazer”, o que transformou a imagem da produção portuguesa.

“Portugal tem cada vez uma maior notoriedade e a marca Portugal traz mesmo já mais-valias para as empresas. Se há 10, 15 anos havia mesmo empresas portuguesas que adotavam marcas com nomes parecidos com os italianos – para tentar enganar os clientes mais incautos -, hoje em dia isso já não se coloca e Portugal conseguiu reservar para si próprio um lugar em que o saber-fazer é a sua grande diferenciação no mercado internacional”, concluiu Ricardo Sebastião.

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