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Maioria dos emigrantes regressam a Portugal em menos de um ano

O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas revelou , em Pombal, que “60 a 70%” dos emigrantes regressam a Portugal em menos de um ano, destacando o papel dos Gabinetes de Apoio ao Emigrante (GAE).

“É cada vez mais um fluxo migratório não tanto para ficar no país de acolhimento ou no país da oportunidade. Cada vez mais regressam à semana, ao mês, de três ou três meses ou de seis em seis meses. É relevante que, entre 60 a 70% destas saídas voltam a Portugal em períodos inferiores a um ano”, sublinhou o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro, durante a cerimónia da assinatura do protocolo com o município de Pombal para a criação de um GAE neste concelho.

O secretário de Estado insistiu que “há uma tendência para o movimento circular”, ou seja, “para que cidadãos saiam do país” para “oportunidades de emprego, muitas das vezes, de investigação, de conhecimento ou por razões culturais, científicas e técnicas, e que voltam ao país em períodos inferiores a um ano”.

Os GAE, salientou, são um “ponto de apoio daqueles que querem preparar uma saída para o estrangeiro”, pois podem ajudar a esclarecer “questões de natureza laboral” ou “informar as empresas sobre os deveres para com os trabalhadores e os assuntos fiscais dos países de acolhimento do seu investimento”.

São também “estruturas cada vez mais importantes para apoiar aqueles que querem regressar”, frisou.

José Luís Carneiro reforçou ainda o papel da diáspora na promoção das exportações nacionais.

“Os dez países de destino da emigração portuguesa que se estão a consolidar nos últimos cinco, seis, sete anos são oito europeus e Angola e Moçambique. E se verificarmos quais os países onde as exportações portuguesas mais têm crescido reparamos que são os países onde temos grandes diásporas portuguesas”.

O mesmo se passa com os países onde Portugal mais compra e o secretário de Estado acredita que o turismo terá o mesmo reflexo.

“Estou à espera dos dados do Turismo de Portugal, mas estou convencido que os números do turismo mostrarão que uma parte significativa daqueles que nos visitam tem na diáspora portuguesa a primeira fonte de promoção externa do nosso país”, revelou José Luís Carneiro.

Para José Luís Carneiro, este gabinete “traduz-se na chave de uma porta que está na direção dos serviços consulares e das comunidades portuguesas, que faz a relação deste município com esta rede consular e diplomática” que existe em “350 representações consulares e diplomáticas em todo o mundo”.

O governante reforçou que, em três anos, o governo criou 44 GAE, existindo, neste momento 144, dos quais quatro estão em “grandes freguesias”.

“Conseguimos cumprir um outro objetivo, que era o de alargar os gabinetes a todo o território nacional”, disse, ao referir que este serviço dá também resposta do “ponto de vista empresarial e económico”, porque “os GAE de nova geração articulam-se também com o Gabinete de Apoio ao Investidor da Diáspora, que faz a articulação com a AICEP [Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal]”.

“Os GAE assentam em dois princípios: disponibilidade e proximidade, e de ‘A a Z’ trata de tudo o que tem a ver com a emigração”, rematou José Luís Carneiro.

O presidente da Câmara de Pombal, Diogo Mateus (PSD), desafiou o secretário de Estado a realizar alguns encontros da diáspora na região de Leiria, no âmbito da Comunidade Intermunicipal de Leiria.

“Não temos só essa ligação riquíssima a muitos empresários, como eles mantêm uma ligação de proximidade com o município”, salientou.

“Este é um primeiro passo que precisamos de concretizar, abrindo rapidamente o gabinete. Mas é o primeiro e não o último. Será o início de uma relação de grande sucesso”, concluiu.

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