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Madeira: críticas ao regime venezuelano

Os partidos da oposição na Assembleia Legislativa da Madeira criticaram o regime da República Bolivariana que provocou uma crise naquele país e êxodo de muitos cidadãos.

Este assunto esteve em foco num debate potestativo requerido pelo grupo parlamentar do CDS na Assembleia Legislativa da Madeira, subordinado ao tema “agravamento da situação económica e social e das condições de vida da comunidade portuguesa na Venezuela”.

“É inacreditável que haja partidos em Portugal que ainda defendem o regime socialista da Venezuela e ainda o desejem para Portugal”, disse o líder parlamentar da maioria na Assembleia Legislativa da Madeira.

Jaime Filipe Ramos apontou que aquele é um ““modelo que destrói uma sociedade, uma economia e acaba com esperança de vida de uma população”, rejeitando qualquer sentimento de “xenofobia” em relação aos cidadãos que estão a regressar.

“No dia que acabar este regime [de Nicólas Maduro] a esperança volta à Venezuela”, vincou o responsável da bancada social-democrata madeirense.

Na opinião de Victor Freitas (PS), “a Madeira e o país estão de parabéns” porque têm tomado medidas para receber os cidadãos que estão a regressar da Venezuela.

Este deputado alertou para os extremismos e populismos em vários pontos do globo que “estão a destruir a democracia” e “tomar conta do poder”.

O parlamentar do CDS Rui Barreto criticou a postura do PCP neste debate potestativo, considerando que “deu uma aula de demagogia execrável”, complementando que “serviu para separar as águas e dizer quem são os que estão pela defesa da democracia”.

O seu colega de bancada José Manuel Rodrigues censurou a “esquerda que está queda e muda” perante situações injustas, como “as centenas de presos políticos” na Venezuela.

A deputada Sílvia Vasconcelos (PCP) defendeu ser necessário “averiguar” se o plano de contingência delineado para a situação da Venezuela “funciona e é exequível”.

A parlamentar comunista sustentou ser preciso equacionar programas para outras situações de instabilidade que se registam, dado a eventualidade de regressos de cidadãos também da África do sul e do Reino Unido, “porque não se sabe o que vai ser depois do ‘Brexit’”.

Os deputados do PTP, JPP e independente esgotaram os seus tempos no período de perguntas.

Raquel Coelho (PTP) defendeu no decorrer da sessão plenária que “Portugal e a Europa devem ter um papel moderador e intermediar para que o pior não aconteça”.

O secretário da Educação da Madeira, Jorge Carvalho, concluiu o debate potestativo, afirmando que este “veio provar que aqueles que ao longo de 42 anos de autonomia sempre se apresentaram contra a social-democracia têm agora um modelo falido [Venezuela]”.

O governante madeirense destacou a importância do desenvolvimento e progresso da autonomia, o que permitiu hoje oferecer “condições para fixar as gerações na região e capacidade para acolher os que decidem regressar”.

O responsável do executivo madeirense que tem a tutela das comunidades elogiou o “excelente trabalho” desenvolvido para estagnar algum sentimento de “xenofobia” que possa surgir em relação aos cidadãos que regressam, porque têm o direito de voltar à sua terra.

“Vamos encontrar as soluções e não elencar os problemas”, declarou.

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