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Lusodescendente defende limitação de entrada de americanos na Venezuela

O luso-descendente Juan Barreto, dirigente do partido venezuelano Redes, defendeu a decisão do Presidente Nicolás Maduro de impor um visto obrigatório para a entrada de cidadãos dos EUA no país e a redução de diplomatas norte-americanos em Caracas.

“Esta medida do Presidente Maduro tem a ver com a reciprocidade diplomática (…) Oxalá o Presidente (Barack) Obama entenda que esta tensão não convém nem à Venezuela nem aos EUA”, disse Barreto, ex-presidente da Câmara Metropolitana de Caracas aos jornalistas, no final de uma reunião do Redes.

Os venezuelanos, sublinhou, “não são inimigos do povo dos Estados Unidos. Somos adversários de uma política de dominação que se denomina imperialismo. O ser anti-imperialista não significa ser anti-norte-americano”.

Segundo Juan Barreto, “há amplas evidências, desde antes de abril de 2002 (ano em que o ex-Presidente venezuelano Hugo Chávez foi afastado temporariamente do poder) da conspiração dos Estados Unidos contra o Governo democrático que existe na Venezuela, não somente um golpe, greves militares, ‘guarimbas’ (bloqueios de estradas). Uma infinita quantidade de coisas”.

“Tem havido uma quantidade de elementos que demonstram que os EUA converteram-se num país hostil para a Venezuela e trata-nos como se fossemos a Somália, como se houvesse uma guerra civil, como se aqui houvesse um permanente derramamento de sangue”, disse.

No passado diia 28 de fevereiro, o Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, anunciou que os cidadãos norte-americanos só poderão entrar no país com um visto e ordenou a redução do pessoal diplomático dos EUA em Caracas.

“Para proteger o nosso país (…) foi decidido criar um sistema de vistos obrigatórios para todos os cidadãos dos Estados Unidos que entrem na Venezuela”, declarou Maduro, num discurso público perante apoiantes.

Maduro disse que os norte-americanos acusados de “terrorismo” e nomeadamente o antigo presidente George W. Bush seriam proibidos de entrar na Venezuela.

O Presidente venezuelano explicou ter tomado esta medida após a detenção, no oeste do país, de um piloto norte-americano de origem latino-americana, suspeito de espionagem.

Além de Bush, Maduro citou os nomes do antigo vice-presidente Dick Cheney e de dois republicanos, membros do Congresso dos Estados Unidos, Bob Melendes e Marco Rubio.

Nicolas Maduro exigiu ainda uma redução, em conformidade com a Convenção de Viena, do número de diplomatas norte-americanos em funções na capital venezuelana.

A 02 de fevereiro, os Estados Unidos anunciaram a imposição de sanções (suspensão de vistos) contra antigos e atuais funcionários do Governo venezuelano, que acusa de serem “responsáveis ou cúmplices” de violações dos direitos humanos na Venezuela.

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