A exposição de Carlos Noronha Feio “Oikonomia – uma questão de confiança” inaugura na sexta-feira um ciclo de exposições dedicado a artistas portugueses no estrangeiro, organizado pelo Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado, em Lisboa.

De acordo com o museu, o ciclo de exposições – intitulado “Echoes on the Wall” – cuja primeira mostra abre ao público no sábado, tem curadoria de Adelaide Ginga e vai decorrer ao longo de um ano, no Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado (MNAC-MC).

O projeto “Echoes on the Wall: artistas portugueses no estrangeiro” consiste em exposições individuais de jovens artistas de origem portuguesa a trabalhar e residir fora do país de origem.

“Os artistas apresentam, na sua maioria, um currículo construído com exposições realizadas no estrangeiro, onde têm ganhado crescente reconhecimento, mas com pouco ou nenhum eco em Portugal”, segundo um texto da curadora Adelaide Ginga sobre o projeto.

Durante cerca de um ano, o MNAC-MC irá apresentar mostras individuais na parede de fundo do átrio onde os visitantes poderão ver “trabalhos recentes ou inéditos de nomes da diáspora cultural portuguesa, que espelham as novas linguagens de criação artística contemporânea”.

De acordo com a entidade, o convite “foi lançado a artistas lusófonos estabelecidos em países com comunidades portuguesas relevantes ou em crescente afirmação, nos cinco principais continentes de destino migratório”.

“Oikonomia – uma questão de confiança”, que irá permanecer no museu até julho deste ano, aborda a questão de uma cidadania global e ativa face à dívida pública dos países.

Carlos Noronha Feio, nascido em Lisboa, em 1981, e vive e trabalha em Londres, é doutorando no Royal College of Art e apoiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia naquela cidade.

Tem vindo a abordar temas ligados à cidadania, identidade, universalismo, recorrendo ao vídeo, áudio, instalação, mas também suportes menos usuais, como os tapetes de Arraiolos e lenços de seda.