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Lesados do BES realizam protesto quinta-feira no Novo Banco em Espinho

Comerciantes e emigrantes lesados do BES vão estar na quinta-feira em protesto em Espinho, junto ao Novo Banco da Rua 20, reivindicando a “imediata devolução” dos valores que lhes devem há mais de três anos.

Em comunicado assinado por 21 lesados do papel comercial e por quatro lesados emigrantes, o grupo reclama: “Somos clientes de retalho e não podemos aceitar sermos vítimas de espoliação das nossas poupanças num país da União Europeia, dentro de um banco que transmitia segurança máxima e depósitos seguros, o que pode ser provado”.

O mesmo grupo de lesados lembra que as provisões do BES para ressarcimento de clientes “não podiam ser utilizadas para outro fim diferente” e realça: “O Banco de Portugal disse que estávamos garantidos por uma provisão, (…) assegurava que ela tinha passado para o Novo Banco e que este tinha garantido o pagamento aos seus clientes. Os lesados têm direito a essa provisão e à sua imediata devolução”.

Os envolvidos no protesto de quinta-feira alertam para o facto de também estarem a ser prejudicados noutros valores, porque “há relatos de lesados que se queixam de lhes serem cobradas quantias exorbitantes para processos que nem à primeira instância chegaram” e outros que dizem “receber documentos para assinar em que os valores passaram para o dobro daquilo que tinham acordado”.

O comunicado defende, por isso, que “há quem esteja a ganhar autênticas fortunas com as vítimas do confisco das suas poupanças e do desvio da provisão que foi constituída para se cumprirem os deveres assumidos para com os clientes de retalho”.

“Tudo se passa como uma coisa normal, mas não é”, realçam os lesados que subscrevem o documento. “Transformar clientes conservadores em investidores à força, violar os seus perfis e extorquir as suas poupanças com armadilhas impróprias para deixar as contas a zero mais de três anos – obrigando alguns a ter de pedir dinheiro para fazer tratamentos, operações ou pagar contas habituais – é muito indecente, desumano e escandaloso”, concluem.

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