De que está à procura ?

Colunistas

Lá vamos cantando e rindo

1 – Estou entusiasmado com a nossa comunicação social.

No tempo da Coligação havia uma mistura de comentaristas conotados com a esquerda com os de direita,com predominância clara dos da sinistra.

Digamos que a um comentário de direita correspondia uma enxurrada dos de esquerda.

Esta última afirmava que viviamos em democracia pluralista, onde cabia a liberdade de expressão, pensamento e opinião ,o que para ela só existe se o governo é de direita.

Chegado um governo de esquerda ao poder a democracia representativa passa a ter limites e apenas existem comentaristas de direita em número autorizado pela esquerda.

No passado nunca foi assim, mas agora, por exemplo, o cineasta Jorge da Silva Melo (donde saiu este espécimen de esquerda?) vem aos jornais e à televisão dizer que preferia Berlim com Muro e recentemente, depois de quarenta anos de Abrilada, veio com uma expressão risivel de que o ditador Salazar era como o ditador Nero, que mandava cristãos para o circo dos leões, lembrando-se desta “tirada”, quando viu o filme Quo Vadis, andava ele de calções.

Esta gente para se afirmar tem de recorrer ao século passado, pois a consciência parece pesar-lhes, uma vez que não se exilou em Moscovo ou Havana, mas sim em Londres, Paris e Berlim.

Estes “esquerdoides” sentiam-se bem nas capitais capitalistas, como se sentiram os baladeiros do burgo e que andaram pelos bons restaurantes das capitais a cantarolar contra Portugal mais do que contra o regime.

2 – Ouvimos no passado recente, por parte de Passos Coelho, que tinhamos de empobrecer e quem não tivesse trabalho seria conveniente emigrar.

Estas duas afirmações tiveram consequências.

O empobrecimento foi forçado com a austeridade, depois duma bancarrota socialista, em 2011.

Seguidamente foi a emigração de jovens, a geração mais bem formada, e que fazia falta ao pais para o seu desenvolvimento. Familiares iam aos aeroportos despedir-se com choros convulsivos, a substituir os lenços brancos das despedidas nas estações de comboios, com os nossos emigrantes com malas de cartão, com o garrafão de vinho e o naco de chouriço ou presunto para a viagem até Austerlitz, em Paris, onde os patrões os contratavam logo à saida da carruagem, disputando-os uns aos outros.

Surgiram as mais insidiosas criticas contra tais afirmações e os jornalistas de esquerda, organizados em tribos, desgastaram o Primeiro-Ministro.

Hoje, o actual Primeiro Ministro aumentou os impostos indirectos sobre os combustiveis e as empresas transportadoras e outras logo trataram de se lamentar, mas o Ministro das Finanças tomou medidas para minorar o sacrifício.

O simples cidadão pagará esse imposto sem redução, como acontece com as empresas.

Os jornalistas da cor limitaram os estragos provocados pelas críticas.

A seguir saiu mais um imposto sobre o tabaco, mas os fumadores não vieram para a rua protestar. Tornaram-se dóceis, pensando diminuir o número de cigarros em obediência ao conselho do PM socialista.

Vai sair mais um imposto sobre automóveis, porque são bens importados. Os portugueses estão dispostos a redobrar o uso dos Transportes Públicos por conselho e sugestão do Primeiro-Ministro.

O imposto de selo vai aumentar e os pagamentos com cartão de crédito ou débito terão o imposto de 4%. Alguns comerciantes já se queixaram, mas aliviarão esse trauma fazendo-o repercutir no consumidor e recebendo uma ajuda do Estado.

O IVA diminuiu na restauração para o que se come, mas mantém-se nos 23% para as bebidas. Os portugueses prometeram deixar de emborcar copos, mas comerão doses abandonando as meias doses, ajudando o PM com o aumento do consumo interno.

Ficámos a saber que a austeridade da direita é violenta, mas a austeridade de esquerda é dócil, perfumada e facilmente comestível, porque, quer os sapos quer os elefantes, estão cada vez mais pequenos para serem deglutidos.

Com mais esta carga fiscal o aconselhável é emigrar, sem ser o PM a aconselhar, fugindo assim à critica desabrida, e jogar no Euromilhões lá fora, onde nos prémios superiores a cinco mil euros o estado não cobra 20%.

3- A esquerda está a viver confortavelmente, conquistando eleitores com a sua simpatia distributiva, já que apenas se ouve falar de aumentos salariais, de pensões, de redução de IRS, de aumento da competitividade e da economia.

Os impostos são marginais, limitados, ligeiros e breves, mas os aumentos de 1 ou 2 euros são o fim da austeridade.

Com estas benesses anunciadas é bom viver no socialismo

O pior é depois!

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA