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Portugal

José Veiga em prisão preventiva

O empresário José Veiga ficou hoje em prisão preventiva no âmbito do processo Rota do Atlântico, por decisão do juiz do Tribunal Central de Instrução Criminal (TCIC), foi hoje divulgado.

Paulo Santana Lopes vai ficar em prisão domiciliária até ao pagamento de caução.

A advogada Maria Barbosa, que também havia sido detida, fica em liberdade provisória.

O empresário José Veiga foi detido quarta-feira por suspeita dos crimes de corrupção, tráfico de influências e participação em negócio, entre outros ilícitos.

Na quarta-feira, e no âmbito do mesmo processo, foram ainda detidos o advogado Paulo Santana Lopes e uma advogada, que também já foram ouvidos pelo juiz Carlos Alexandre.

Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), existem suspeitas dos crimes de corrupção no comércio internacional, branqueamento de capitais, tráfico de influência, fraude fiscal e participação económica em negócio na compra e venda de ações de uma instituição financeira estrangeira, ações detidas por uma instituição de crédito nacional.

A investigação tem dimensão internacional, apresentando ligações com os continentes europeu, africano e americano, acrescenta uma nota da PGR adiantando que esta a ser também investigada a origem de fundos movimentados noutros negócios em que são intervenientes os suspeitos, nomeadamente, a celebração de contratos de fornecimento de bens e serviços, obras públicas e venda de produtos petrolíferos.

No âmbito de um inquérito, dirigido pelo Ministério Público do Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP) realizaram-se na quarta-feira várias diligências, designadamente cerca de três dezenas de buscas a domicílios e sedes de empresas, a uma instituição bancária e a três escritórios de advogados.

Os detidos, alegadamente, celebravam contratos de fornecimento de bens e serviços relacionados com obras públicas, construção civil e venda de produtos petrolíferos, entre diversas entidades privadas e estatais.

Os proventos gerados com esta atividade eram utilizados na aquisição de imóveis, veículos de gama alta, sociedades não residentes e outros negócios, utilizando para o efeito pessoas com conhecimentos especiais e colocadas em lugares privilegiados, ocultando a origem do dinheiro e integrando-o na atividade económica lícita, acrescenta o documento.

Na operação foram ainda apreendidos vários imóveis, viaturas de alta gama e saldos bancários.

 

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