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Luxemburgo

Já marcou o seu lugar para ver Victorino d’Almeida?

No próximo dia 4 de junho, António Victorino d’Almeida vai estar no Grão-Ducado do Luxemburgo para uma conferência intitulada “A Portugalidade” seguida de um concerto.

Este evento insere-se nas comemorações do 75º aniversário do maestro que é apoiada pela Secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas. O concerto-conefrência terá lugar no teatro municipal de Esch-sur-Alzette, no sul do país, às 19h30.

Apesar de a entrada ser livre, é necessário marcar o seu lugar através do telefone 4633711.

António Victorino d’Almeida começou desde muito cedo a aprender música. Aos cinco anos compôs a primeira obra, mas apesar de ter sido considerado menino-prodígio, teve uma infância «normal». Com sete anos deu a primeira audição e interpretou obras de Mozart e Beethoven, para além de duas peças de sua autoria. Uma crítica da época, no Século Ilustrado, batiza o pequeno prodígio de “Antonito” e considera «maravilhoso o seu poder de interpretação».

Victorino d’Almeida frequentou o liceu em simultaneidade com o Curso Superior de Piano no Conservatónio Nacional de Lisboa. Campos Coelho terá sido o professor de música que mais o influenciou. Concluiu o curso com 19 valores e obteve uma bolsa de estudo do Instituto de Alta Cultura para estudar composição em Viena de Áustria, na Academia de Música. Foi aluno do professor austríaco Karl Schiske, e concluiu esta pós-graduação com a mais alta classificação dada por aquela escola: a distinção por unanimidade do júri e consequente prémio especial do Ministério da Cultura da Áustria. Fixou residência em Viena, onde viveu durante duas décadas, sem contudo deixar de fazer visitas regulares a Portugal.

Durante sete anos (1974-1981), foi adido cultural da Embaixada Portuguesa em Viena, cargo que lhe valeu uma condecoração atribuída pelo Presidente da República da Áustria. Em 1989 decide entrar na arena política nacional e apresenta a sua candidatura ao Parlamento Europeu como cabeça de lista pelo MPD/CDE, vaga que não chegou a preencher. Victorino d’Almeida lecionou ainda cursos de musicologia na Universidade do Porto e em Tavira.

A sua carreira como concertista entrou algumas vezes em conflito com a atividade de composição e ambas sofrem da dispersão por áreas aparentemente tão distintas como o cinema, a televisão, a escrita e a rádio. Apesar de ter sempre o tempo muito ocupado, privilegia sempre a música, pois considera ser essencialmente um compositor e argumenta que a música é o elo que dá consistência a tudo o que faz. A sua obra é muito vasta, e abrange os mais variados géneros musicais, desde a música a solo, para piano e outros instrumentos, à música de câmara, à música sinfónica e coral-sinfónica, ao “Lied” ou à ópera, além de muita música para cinema ou para teatro e fado, sendo sem dúvida um dos compositores portugueses que mais obra produziu.

A 9 de junho de 2005 foi feito Grã-Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique.

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