De que está à procura ?

Colunistas

Hiroxima: 72 anos

Nada torna a paz mais desejável do que a reflexão sobre os horrores da guerra. Milhões foram brutalmente mortos em dezenas de guerras inúteis.

Para compreendermos mais plenamente os horrores da guerra, reflita-se sobre uma cena de há 72 anos.

Era a manhã de 6 de Agosto de 1945. Bem acima estava o B-29, Enola Gay; abaixo estava a atarefada cidade industrial nipónica de cerca de 400.000 habitantes, Ás 8.15, a bomba atómica de 13 quilotoneladas, com a sua queda amainada por três pára-quedas, explodia a 580 metros de altitude sobre o centro de Hiroxima.

Cerca de 140.000 pessoas foram mortas na explosão; muitas delas ficaram tostadas vivas pelo calor da radiação. As vítimas continuaram depois a morrerem lentamente, devido aos efeitos da radiação. Estes horrores causados por aquela explosão atómica, e de outra, três dias depois, sobre Nagasaki, estão além da compreensão humana.

Acontece todos os anos, exactamente às 8:15 da manhã, que se guarda silêncio entre uma multidão, que se reúne no Parque da Paz, em Hiroxima. Guardando-se um minuto de silêncio em memória daquela catástrofe ocorrida há 72 anos no Japão.

Quando num lampejo muitos milhares de pessoas perderam a vida. E este infausto acontecimento, tem sido lembrado cada ano. É evidente que o Japão deseja que o mundo se lembre desta lição de seu passado excruciante.

Forte repulsa pela guerra paira no coração de muitos sobreviventes e testemunhas oculares de Pearl Harbor, Hiroxima e Nagasaki.

Rememorando, muitos questionam se seus países tinham motivos válidos para exigir o sacrifício de seus entes queridos. Naquela época os americanos chamavam os japoneses de “japs ardilosos”, e achavam fácil atiçar as chamas do ódio e da vingança com as palavras “ Lembrem-se de Pear Harbor! “. No Japão, ensinou-se às pessoas que os anglo-americanos eram kichiku, que significa “bestas demoníacas”.

Menos de um mês depois de rebentarem as bombas atómicas, em 2 de setembro de 1945, o Japão se rendeu formalmente.

Por que foi usada a arma de destruição em massa?

Explicando os motivos de se ter empregado aquele método de destruição em massa, a Enciclopédia Americana diz: «Harry S. Truman decidiu usar bombas atómicas contra o Japão, acreditando que elas acabariam mais rapidamente com a guerra e salvariam muitas vidas.

Uma réplica exacta da bomba atómica que nivelou Hiroxima foi construida por pesquisadores no Laboratório Nacional de Los Alamos, no Novo México, EUA. Por que motivos? Para solucionar o mistério ainda existente sobre os efeitos da radiação proveniente daquela explosão. Ao passo que a bomba de Nagasaki e outras bombas testadas eram armas de plutónio, a bomba de Hiroxima era a única de urânio.

No início da década de 80, uma reavaliação de sua explosão mostrou que os cálculos prévios estavam errados, e que, em vez de radiação de neutrões, a bomba libertou na maior parte raios de gama.

Exactamente quantas pessoas morreram em resultado das bombas atómicas lançadas em Hiroxima e em Nagasaki em 1945?

De acordo com uma pesquisa pelo Ministério da Saúde que disse que a partir de 1988, que 259.856 mortes têm sido atribuíveis às bombas, mas exactamente quantos foram não se sabe.

Mas o espectáculo de destruição foi horrível, certa obra intitulada “Morte em Vida”, descreve que uma hora após a explosão começou a cair uma “chuva negra” sobre as partes da cidade que ficavam a favor do vento. A precipitação radioactiva continuou até o cair da tarde. O resultado, desordenadas procissões de queimados e feridos começaram então a emergir da onda de incêndios, grande parte das pessoas tinham a pele pendurada em todo o corpo, alguns vomitavam, o colapso físico acompanhava o colapso emocional e espiritual.

As pessoas sofriam e morriam, estupefactas e inertes, sem emitir um som sequer. Os que tinham condições perambulavam silenciosamente pelos subúrbios nas colinas distantes. A seguir uma ampla série de doenças se desenvolveram da exposição á radiação.

Também os processos reprodutivos das pessoas foram afectados. E o tempo faltaria para descrever tantas outras consequências trágicas desta catástrofe.

Passados quase 72 anos, ninguém pode garantir, Hiroxima nunca mais!

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA