“Grécia: e agora?” é o título da conferência organizada pelo Instituto de Direito Económico, Financeiro e Fiscal e pelo Instituto Europeu onde, na próxima quarta-feira, 4 de Março, se propõe organizar uma reflexão sobre as propostas do novo governo grego, as recentes negociações com as instituições europeias e as reações dos diferentes governos europeus à nova situação grega, com destaque para a reação portuguesa. As consequências políticas e económicas que os acordos alcançados pela equipa de Yanis Varoufakis poderão ter em Portugal são o mote para o debate que decorrerá no auditório principal da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
“Um largo consenso parece existir sobre o efeito novidade da ação do governo grego, presidido por Alexis Tsipras. As opiniões quanto ao seu sucesso e à natureza positiva ou negativa, essas, dividem-se” refere Eduardo Paz Ferreira, professor na Faculdade de Direito de Lisboa e anfitrião da conferência. “Numa Europa onde as novidades políticas não abundam e os atos eleitorais se processam, por regra, dentro de um rotativismo entre o centro direita e o centro esquerda, dois pólos que se reconhecem, no essencial, no ordenamento europeu existente, as eleições gregas foram um acontecimento marcante, levantando paixões, apreensões, ódios, amores e incógnitas várias.”
A abertura da conferência estará a cargo do professor Stuart Holland, antigo membro do parlamento britânico, conselheiro de Jacques Delors e de António Guterres e coautor com o atual ministro das finanças grego da “Modesta Proposta para Salvar o Euro” e do “Projeto Ulisses”. Entre os oradores previstos estão figuras da política nacional como Francisco Louçã, João Cravinho e Pacheco Pereira, os deputados Mota Amaral, Mónica Ferro, Teresa Leal Coelho e João Galamba, os antigos eurodeputados Correia de Campos, Diogo Feio e Rui Tavares, o presidente do Tribunal de Contas Guilherme d’Oliveira Martins, o embaixador Seixas da Costa e o deputado ao Parlamento Europeu João Ferreira.