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Fecha empresa que gere os jornais Sol e i

Os accionistas do diário i e do semanário Sol decidiram encerrar a empresa detentora dos dois títulos, a Newshold. Em seu lugar surgirá um novo projecto jornalístico que deverá manter os títulos mas que acolherá apenas um terço dos efectivos da actual estrutura. O plano passa por despedir cerca de 120 pessoas e manter apenas 66 trabalhadores.

A decisão foi anunciada esta segunda-feira num plenário de trabalhadores. A nova publicação incluirá uma edição diária e outra semanal, o que pode implicar a manutenção dos títulos de um ou de ambos os jornais, mas com um projecto totalmente reformulado. Na origem do fecho, que foi marcado para 15 de Dezembro, estão os elevados prejuízos dos dois jornais, que em 2014 foram da ordem dos 4,4 milhões de euros no Sol e dos 3,8 no i.

No plenário foi também anunciado que os salários de Novembro dos profissionais das duas publicações serão pagos até ao final da semana, enquanto o subsídio de Natal será entregue até à época festiva. O PÚBLICO está a tentar contactar com a Newshold, mas até ao momento não foi possível. Entretanto, o Sindicato de Jornalistas prepara-se para emitir um comunicado sobre o assunto.

Os números mais recentes da Associação Portuguesa de Controlo de Tiragens (APCT), relativos ao período entre Janeiro e Agosto deste ano, indicavam que, no segmento circulação impressa, o i foi o único jornal a ter subidas entre os cinco generalistas, passando para 3969 exemplares este ano, mais 530 que em 2014 (quota de 2%). O diário tinha encerrado 2014 com uma média de circulação paga de 4118 exemplares por dia. No segmento digital, o diário conseguiu 64 vendas digitais, o triplo do conseguido no período homólogo do ano passado, que concluiu com menos de duas dezenas de assinaturas digitais.

Na circulação impressa, nos primeiros oito meses do ano, o Sol caiu dos 21.705 para os 20.015 (-7,79%). O semanário tinha fechado 2014 com uma média de vendas de 23 mil jornais por semana, o que representou uma quebra homóloga de 2,7%.

Álvaro Sobrinho foi indiciado por branqueamento de capitais no âmbito de um inquérito do Departamento Central de Investigação e Acção Penal, tendo recentemente visto o Tribunal da Relação de Lisboa criticar a investigação e levantar-lhe um arresto de bens que havia sido decretado pelo juiz Carlos Alexandre.

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