De que está à procura ?

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Se todos os caminhos têm fim

E todo o caminhar é errante

Será a procura íntima de mim

Um ocaso esquecido do levante

?

Se os lugares a que chegarmos

Forem só a sombras desenhados

Todos os dias que recriarmos

Coloridos solares e encantados

 

Vão-se perdendo na memória

Daqueles espaços delimitados

Pelo irrisório da glória…

 

Mas se intensamente amados

Serão combustível de todo o viver

E venha o que vier

eu não vou morrer

 

Paula Sá Carvalho, Abril 2018

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