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Escritores portugueses finalistas do Prémio Oceanos

Os escritores portugueses H.G. Cancela, Bruno Vieira Amaral e Luís Quintais estão entre os dez finalistas do Prémio Oceanos de literatura, anunciou o júri de seleção do prémio, em São Paulo, Brasil.

Os brasileiros Milton Hatoum, João Silvério Trevisan, Ricardo Aleixo, Sérgio Sant’Anna e Marília Garcia, e os moçambicanos Luís Carlos Patraquim e Mbate Pedro são os restantes sete candidatos ao Prémio Oceanos, de acordo com o resultado da reunião do júri anunciado na noite de segunda-feira, no Brasil (madrugada de terça-feira, em Portugal).

H.G. Cancela é candidato com o romance “As pessoas do drama”, vencedor do Grande Prémio de Romance e Novela da Associação Portuguesa de Escritores (APE), no passado mês de julho, e Bruno Vieira Amaral, com “Hoje estarás comigo no paraíso”, o segundo romance do escritor, distinguido com os prémios PEN Clube Narrativa e José Saramago com o romance de estreia, “As Primeiras Coisas”.

Luís Quintais encontra-se entre os finalistas com “A noite imóvel”, obra que sucedeu a “Arrancar penas a um canto do cisne”, Grande Prémio de Poesia da APE, em 2017.

Do Brasil, Milton Hatoum é candidato com “A noite da espera”, romance vencedor do Prémio Juca Pato 2018, da União Brasileira de Escritores, João Silvério Trevisan, com a narrativa “Pai, pai”, e Sérgio Sant’Anna, com o livro de contos “Anjo noturno”, enquanto os livros de poesia “Antiboi” e “Câmera lenta” garantiram as nomeações de Ricardo Aleixo e Marília Garcia, respetivamente.

Foi também a poesia que levou os moçambicanos Luís Carlos Patraquim e Mbate Pedro à lista de finalistas do Prémio Oceanos: o primeiro, com “O Deus restante”; Mbate Pedro, com “Vácuos”.

Estes dez autores, com as respetivas obras, resultam de uma lista de 60 semifinalistas, anunciados em agosto, selecionados, por sua vez, de um total de 1.364 candidatos, apresentados por 346 diferentes editoras, envolvendo autores de Portugal, Brasil, Moçambique, Cabo Verde e Timor-Leste. Houve ainda candidatos oriundos de países em que o português não é a língua oficial, como Roménia, Espanha e Suíça.

O Prémio Oceanos foi estabelecido em parceria com o Itaú Cultural, no Brasil, em 2015, depois da extinção do Prémio Portugal Telecom de Literatura, com o objetivo de distinguir anualmente as melhores obras publicadas em língua portuguesa.

Os escritores, professores e investigadores Ana Paula Tavares (Angola), Daniel Munduruku, Flora Sussekind, Heitor Ferraz e Julián Fuks (Brasil), Helena Buesco, Maria João Cantinho e Pedro Mexia (Portugal) compõem os elementos do júri final e intermediário (de seleção dos dez finalistas) da edição deste ano do prémio.

Desde o ano passado, o Oceanos deixou de premiar apenas os títulos publicados no Brasil, para abrir as candidaturas à edição livreira nos diferentes países, desde que em língua portuguesa, de modo “a promover o intercâmbio editorial e o conhecimento recíproco entre as diferentes expressões culturais e literárias” da lusofonia.

“O Oceanos passou progressivamente de prémio para livros em língua portuguesa publicados no Brasil, para a condição de prémio que fornece um instantâneo da invenção literária em todos os quadrantes” da língua portuguesa, destacou a curadora e coordenadora do prémio, a gestora cultural brasileira Selma Caetano, citada pelo comunicado da organização, garantindo que a internacionalização se mostrou “o caminho certo”.

O aumento das inscrições, este ano, impôs a ampliação do júri de avaliação (que selecionou os primeiros 60 semifinalistas), tendo passado de 65 elementos, em 2017 (50 jurados brasileiros e 15 portugueses), para os 73 deste ano, congregando escritores, jornalistas, professores e críticos literários de Moçambique, Angola e Cabo Verde, além de Portugal e do Brasil.

A curadoria do prémio conta, este ano, com a escritora e jornalista portuguesa Isabel Lucas, e os brasileiros Mirna Queiroz, editora, e Manuel da Costa Pinto, jornalista, além de Selma Caetano.

Os quatro distinguidos da edição deste ano do Prémio Oceanos serão anunciados a sete de dezembro.

O vencedor do 1.º prémio receberá cem mil reais (perto de 24 mil euros), o segundo, 60 mil reais (14,3 mil euros), o terceiro, 40 mil reais (cerca de 9,58 mil euros) e, o quarto, 30 mil reais (perto de 7,2 mil euros).

O patrocínio do prémio é garantido pelo grupo Itaú, pelo Fundo de Fomento Cultural, do Governo português, e pela CPFL Energia.

Em 2017, a escritora portuguesa Ana Teresa Pereira venceu o Prémio Oceanos com o romance “Karen”, sucedendo a José Luís Peixoto, que o conquistou em 2016, com “Galveias”.

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