De que está à procura ?

Portugal

Empresa portuguesa líder em caiaques quer chegar aos 200 trabalhadores este ano

A portuguesa Nelo, a “maior produtora mundial” de caiaques e canoas de competição, pretende até ao final deste ano atingir a marca de 200 trabalhadores nas suas instalações, em Vila do Conde.

A intenção foi hoje partilhada à agência Lusa por Manuel Ramos, proprietário da empresa nacional, que atualmente já emprega 164 funcionários, e que vende os seus produtos para mais de 100 países.

“Temos muita necessidade de mão de obra, porque estamos a crescer e temos novos projetos. O nosso produto baseia-se sobretudo na intervenção humana, e temos vindo a fazer formação dentro da empresa, o que nos dá a garantia que os trabalhadores chegam preparados para às suas funções”, afirmou Manuel Ramos

O empresário, que começou a sua atividade no setor em 1978, tem visto a empresa crescer ano após ano, tendo em 2017, investido cerca de dez milhões de euros na compra e requalificação de novas instalações onde produz 20 embarcações por dia.

“Temos tido a facilidade em encontrar e cativar trabalhadores. Além disso, um dos objetivos com a nova fábrica era a sua localização, pois torna mais a fácil a deslocação dos funcionários para o emprego”, partilhou Manuel Ramos.

As declarações do proprietário da Nelo foram feitas na sequência de uma visita às instalações de empresa de uma delegação da UGT (União Geral dos Trabalhadores), liderada pelo secretário-geral, Carlos Silva, em conjunto com dirigentes sindicais do SINDEQ (Sindicato das Industrias e Afins).

“A Nelo aposta na contratação sem termo, combatendo a precariedade e pagando aos seus trabalhadores salários acima do setor. Seria bom que todas as empresas fossem assim. Gostamos de conhecer estes bons exemplos que esperámos que possam ser replicados em outros setores”, afirmou Carlos Silva, da UGT

O secretário-geral da central sindical confessou-se “surpreendido” pela trabalho conjunto, feito entre a empresa e o Instituto de Emprego e Formação Profissional, na valorização das competências dos seus funcionários, apontando ser um bom exemplo “na qualificação dos trabalhadores”.

“Isto desmitifica a ideia que faltam trabalhadores qualificados no nosso país. A Nelo percebeu que os trabalhadores quando estão motivados trabalham, valorizando-os com integração, formação e boa remuneração. Temos de, em Portugal, manter esta guerra pela valorização dos trabalhadores e pelo combate à precariedade”, vincou Carlos Silva.

Com uma faturação superior a seis milhões de euros anuais, a Nelo é responsável por cerca de 80% dos caiaques que estiveram em competição nos últimos Jogos Olímpicos, acumulando no seu historial mais de 90 medalhas.

A empresa está já a preparar os seus produtos para as próximas olimpíadas, que se realizam em 2020, em Tóquio, no Japão, mas está também a abraçar novos projetos, nomeadamente na construção de veleiros.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA