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Empresa leva o melhor do design português para Nova Iorque

Uma nova empresa americana, chamada LUSITANO1143, quer trazer o melhor do design e artesanato português para os Estados Unidos disse, este domingo, o seu fundador à Lusa.

Criada por Carlos João Parreira, de 33 anos, a empresa com sede em Nova Iorque representa neste momento nove artistas e artesãos de vários pontos do país, como Guimarães, Leiria, Lisboa e Lagos.

“A resposta tem sido espetacular, acima das minhas melhores expectativas. Temos clientes em todo o país, mas sobretudo nas costas, em sítios como a Califórnia e Nova Iorque”, explicou Carlos à Lusa.

A loja representa, por exemplo, Margarida Fernandes e as suas cerâmicas, Samuel Reis e os seus trabalhos em madeira, ou os produtos de tecelagem de Teresa Gameiro.

O empresário, que nasceu em Lisboa, diz que “tem sido muito bom ver a reação das pessoas ao saberem que os produtos são portugueses.”

“Reagem sempre com muito carinho, lembram uma história, dizendo que visitaram o país ou que têm um primo que nasceu lá. Mesmo quando não há uma ligação pessoal, há um reconhecimento de que Portugal tem tradição em fazer bons produtos”, diz.

Carlos estudou design gráfico na Universidade Kean, em Nova Jérsia, e teve uma carreira na área da moda, design para casas e comércio online.

Trabalhou na galeria de arte de Daniel Reich, em Chelsea, na empresa de artigos para casa Jonathan Adler e fez depois a transição para o comércio digital, primeiro na agência Tender Creative e depois no portal Dering Hall.

No início deste ano, começou a preparar o lançamento da sua empresa, com os contatos e experiência que tinha acumulado nos últimos 15 anos.

“Tinha um desejo cada vez maior de ter um negócio. Sobretudo depois da crise, em cada visita que fazia a Portugal notava uma nova geração de artistas e artesãos que faziam um trabalho à mão, com raízes na tradição, mas com um ponto de vista de design e global”, explica.

Neste momento, a Lusitano1143 vende apenas a clientes particulares, mas o seu fundador pretende expandir as áreas de negócio.

“Temos tido muitas solicitações de empresas para parcerias comerciais. É algo que estou a explorar. Mais brevemente, vamos alargar a rede de pessoas com quem trabalhamos”, diz.

Um dos próximos produtos a ser comercializado será a olaria negra de Bisalhães, feita em Vila Real, que está desde esta semana na lista do património cultural com necessidade de salvaguarda urgente da Unesco, e Carlos procura também parceiros que trabalhem com vidro e texteis.

“Os nossos clientes são pessoas que apreciam o design dos produtos, mas também o facto de que são feitos a mão, que são objetos com uma narrativa. Os clientes querem saber o nome do autor, a sua história e fazem muitas perguntas”, explica.

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