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Emigração portuguesa continua nos níveis dos anos 70

A emigração atingiu o seu valor máximo deste século em 2013, com cerca de 120 mil saídas, tendo desde então iniciado uma trajetória de descida em linha com a recuperação económica no país, embora a um ritmo mais lento. Em 2016, essa trajetória de descida teve mesmo uma aceleração, ficando-se o número de saídas por um valor da ordem dos 100 mil indivíduos, revelou o Observatório da Emigração.

O número de saídas mantém-se, porém, em níveis que, na história recente, só têm paralelo com os observados nos anos 60 e 70 do século XX. A criação ou atualização, nos últimos anos, de redes migratórias ligando Portugal a vários países de destino, em consequência de uma emigração com valores elevados, torna improvável, a curto prazo, a retoma dos níveis mais baixos de emigração anteriores à crise.

Se, globalmente, a trajetória de descida se explica pela retoma económica em Portugal e seus impactos no mercado de trabalho, estando fortemente correlacionada com a evolução do emprego e do desemprego, a aceleração observada em 2016 deve-se a mudanças em dois dos mais importantes destinos da emigração portuguesa: Reino Unido e Angola. No primeiro caso em consequência do Brexit e no segundo à crise originada pela baixa dos preços do petróleo.

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