corre pela alegria dos campos agosto,
e as mãos da minha filha,
duas andorinhas angelicais,
colhem centáureas e explicam-me
que sou um pai venturoso, abençoado

Elena olha-me com o sagrado sol
dos seus olhos puros – e sorri

encho de ar e silêncio idílico os pulmões,
por alguns segundos ergo ao céu confidente e azul os meus olhos,
e exultante, encantado, de novo os entrego àquele insuperável poema

Elena, no altar do verão,
defronte da minha alma,
colhendo centáureas, leda, graciosa, sorrindo

ouço os meus olhos trinarem lágrimas ridentes, vibrantes, festivas

respondendo à tua pergunta,
a felicidade é isto, vida,
a felicidade é isto

dm