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A degradação de Angola

O último programa “Portugueses pelo mundo” transmitido pela RTP1, em 26/02/15, passou-se com jovens emigrados em Angola.

Pudemos ver a cidade de Dalatando, a antiga Salazar, Luanda e Malange.

Ainda bem que a televisão pôde mostrar imagens da degradação de Dalatando, da sua estação de caminho de ferro, onde imperava a desordem e a sujidade, com quilos de lixo acumulados.

O mesmo aconteceu com Luanda, com o trânsito infernal, os táxis como se fossem pequenos autocarros, os mercados de rua com a sujidade inconcebível e as mortes por atropelamento.

Pudemos ver a venda de peixe ao ar livre, onde pousavam dezenas de moscas, com as quitandeiras a fugirem à aproximação da polícia, com a carga às costas do que pretendem vender.

Depois, os bares, sem as condições mínimas de segurança, mas onde a música angolana animava os emigrantes portugueses.

No dizer dos dois jovens emigrados tudo era bonito.

Menos bonito era o paternalismo com que os angolanos eram tratados, com uma subserviência fora de contexto, com uma escola pouco ou nada apetrechada e um conjunto desordenado de tudo.

Foi uma amostra triste em que se transformou Angola, e onde a distribuição de mosqueteiros é um acontecimento invulgar.

Como dizia o advogado francês, defensor de terroristas argelinos e de nazis, Jacques Vergès, recentemente falecido, que o país colonialista nada tem a ver com o que os colonizados fazem da sua independência.

Realmente, apenas conta a fachada da marginal de Luanda.

O resto é a porcaria para selvagens.

O colonialista deve ficar em silêncio perante a degradação total, em nome daquela independência.

Isaías Afonso

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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