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Dacia Duster: melhor que antes e quase pelo mesmo preço

O modelo que tem vindo a ser o best-seller da marca romena foi renovado. O novo Dacia Duster veio acrescentar uma série de elementos não só de design como de tecnologias que o tornam ainda mais cativante. O melhor disto tudo é que o preço está semelhante ao da anterior geração.

Em termos de design, temos um formato de carroçaria bastante semelhante, embora mais arredondado. O Dacia Duster mantém a grelha dianteira de dimensões generosas, as proteções plásticas na carroçaria, ganha novas barras de tejadilho, um para-choques traseiro mais musculado, com proteções mais “visíveis” e uma ponteira de escape desportiva. Destaque para os novos farolins traseiros com um design mais elaborado, novas óticas na dianteira com luzes de iluminação diurna e ainda novas jantes de 17 polegadas com dois tons envolvidas em pneus 215/60R17. Outros destaques incluem a chave mãos-livres e os vidros traseiros escurecidos.

Passando ao interior, o novo design é bem mais elaborado e atraente juntando o estilo moderno à boa qualidade de montagem. Como seria de esperar, os materiais não são de excelência, apesar de alguns novos pormenores serem requintados, tais como o pesponto nos assentos em couro, couro perfurado e pesponto nas portas com elementos forrados a couro. O sistema de navegação e multimédia está agora colocado numa posição mais acessível e todos os comandos se encontram “à mão”.

O espaço a bordo convence nos lugares dianteiros e traseiros. A bagageira tem 411 litros de capacidade que se estendem aos 1444 através do rebatimento dos assentos traseiros.

No que toca ao equipamento há como opção ou de série algumas “mordomias” que até então não existiam na Dacia. Falamos do ar condicionado automático, sensores de chuva e luminosidade, aviso de ângulo morto, sistema de ajuda à descida, botão start da ignição e câmaras de ajuda ao estacionamento na dianteira e nas laterais, algo que também ajuda no todo-o-terreno. Outros destaques incluem a ajuda ao estacionamento, o modo “Eco”, o cruise-control e o limitador de velocidade, a entrada USB e AUX, a tomada de 12V nos lugares traseiros e bagageira, volante multi-funções e o painel de instrumentos com um computador de bordo mais evoluído que o da anterior geração.

O sistema de navegação e multimédia Media Nav não tem serviços conectados, mas apresenta uma imagem aceitável, é extremamente intuitivo e oferece duas aplicações, uma que dá um “feedback” da nossa condução, se esta é ou não económica, e outra aplicação focada no todo-o-terreno que indica a inclinação do Duster.

No painel de instrumentos, o computador de bordo fornece várias informações acerca dos dados de consumo e viagens, temos informação do estado do automóvel, velocidade digital, combustível, informação da tração, entre outros.

No novo Dacia Duster viaja-se com todo o conforto, os assentos são ergonómicos e quase fazem lembrar alguns automóveis “premium” devido ao seu formato e materiais utilizados. No lugar do condutor, tudo é fácil de operar, o volante podia ser mais ergonómico, a caixa de velocidades está bem posicionada e tem uma utilização agradável e a posição de condução mais alta oferece confiança e conforto.

O comportamento do Dacia Duster em estrada está longe de ser mau. Temos uma suspensão condescendente que oferece muito conforto, mas que não faz com que o novo Dacia Duster se torne imprevisível. A direção é uma “delícia” a baixa velocidade, já a velocidades mais elevadas na auto-estrada torna-se pouco comunicativa. De um modo geral o Duster é um automóvel agradável de conduzir, previsível, com um comportamento em curva que apesar de estar longe de um carro de corridas é bastante aceitável e equilibrado.

O seu verdadeiro habitat é o fora de estrada, pois é lá que começa a diversão com um automóvel que supostamente é um “low-cost” mas na altura de nos aventurarmos por caminhos mais acidentados, onde muitos SUV mais caros e com mais sistemas se ficam pelo caminho, o Dacia Duster tem um bom ângulo de ataque e de saída, que nos permite enfrentar alguns obstáculos mais difíceis sem grande problemas e também permite efetuar transferências de eixos de forma segura, mesmo que não tenha grande experiência.

O sistema de ajuda à descida permite desengatar o automóvel nas descidas, deixando apenas a tarefa da correção da direção, enquanto a tração integral permite chegar a sítios com troços mais exigentes. No modo “automático” o Dacia Duster só coloca a tração nas rodas traseiras se necessário, caso contrário a tração encontrar-se sempre nas rodas dianteiras.

Debaixo do capô está o motor 1.5 dCi com 110cv de potência e 260Nm de binário, apesar de ser um automóvel grande e pouco aerodinâmico arriscamos dizer que nenhum outro motor lhe assentaria tão bem. Trata-se de um motor que está mais do que testado, com poucos problemas conhecidos e muito económico e despachado. O motor 1.5 dCi é capaz de oferecer ao Dacia Duster, não só “saídas” entusiasmantes, como também a capacidade de enfrentar alguns obstáculos no todo-o-terreno que podiam não ser possíveis com outra motorização.

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