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cult.urb: Viseu em abril

A música é a principal aposta da segunda edição do festival “cult.urb”, cujo programa foi hoje apresentado e que durante todo o mês de abril vai encher de gente o espaço Carmo’81, no centro histórico de Viseu.

No entanto, este “não é um festival de música”, reunindo uma diversidade de linguagens artísticas, nomeadamente “música, arquitetura, edição de autor, literatura, livro e biblioteca, cinema, pintura e fotografia de retrato”, esclareceu Carlos Salvador, da cooperativa cultural Acrítica, que organiza o “cult.urb”.

No Carmo’81, espaço onde a Acrítica faz programação cultural desde agosto de 2015, cabem apenas 100 pessoas de pé.

“Não nascemos para eventos para as massas”, frisou Carlos Salvador, durante a conferência de imprensa de apresentação do festival.

Nesse âmbito, são aguardados concertos intimistas de nomes como “Galo Cant’às Duas” e “Memória de Peixe” (dia 01), “Riding Pânico” (dia 21), João Lugatte e “Paus (dia 29) e “White Haus” (dia 30). Será ainda anunciada outra banda para o dia 28.

O presidente da Acrítica, Nuno Leocádio, lembrou que “uma das valências que mais se têm assumido no espaço Carmo têm sido os concertos”, uma vez que “há uma indústria crescente do ‘indie rock’, ou música moderna portuguesa”, que precisava ser mostrada em Viseu.

Nuno Leocádio disse que a banda que abre o festival, que é da região de Viseu, constituída por Hugo Cardoso e Gonçalo Alegre, “é muito querida do Carmo”.

“Propuseram fazer cá o seu primeiro concerto, para apresentar o projeto às gentes de Viseu e isso mudou por completo a forma como o Carmo trabalhou a partir desse concerto”, contou, acrescentando que “agora estão num processo mais avançado de lançamento do seu primeiro álbum”.

Na sua opinião, “há músicos, há artistas, que têm de ser apoiados pela sua cidade e pelos agentes culturais que programam”, sendo disso exemplo Hugo Cardoso e Gonçalo Alegre, da banda “Galo Cant’às Duas”, e João Lugatte, um “exímio baterista” que vive em Viseu.

Segundo Nuno Leocádio, “um dos maiores desafios cumpridos” foi conseguir que a banda “Paus” atue em Viseu pela segunda vez.

“Vêm numa fase em que acabaram de fazer uma ‘tour’ internacional por França com todos os palcos cheios e recusam imensos concertos”, contou.

Com um orçamento de 46.850 euros, apoiado em 54% pelo concurso municipal Viseu Terceiro, o festival “cult.urb” tem como novidade a realização de ‘masterclass’, com nomes como a bibliotecária Maria João Fonseca, o escritor Rui Zink e o arquiteto Pedro Gadanho.

Carlos Salvador destacou também a residência artística que vai envolver as pessoas da Rua do Carmo – onde se situa o espaço Carmo’81 – e os seis seminários em edição de autor e técnicas artesanais de edição destinados a crianças das escolas do primeiro ciclo do agrupamento do Viso.

“O agrupamento tem uma série de escolas do primeiro ciclo nos limites do concelho, em ambiente rural. São crianças que têm menos acesso a uma série de coisas e nós pretendemos ir lá e trabalhar com elas, tal como fizemos no ano passado”, explicou.

Sessões do Shortcutz Viseu, a Feira do Livro Usado, a segunda Mostra Internacional de Fanzines e Edições de Autor e a residência artística de pintura de Margarida Fleming são outras iniciativas que vão preencher o mês de abril.

Na sequência da residência artística na Rua do Carmo, o festival “cult.urb” terá um momento desfasado da programação de abril, com a inauguração, a 01 de julho, da exposição de pintura e fotografia “A Rua do Carmo vem ao Carmo”, com o ilustrador e pintor retratista L Filipe dos Santos e o fotógrafo John Gallo.

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