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Costa considera declarações perante chineses “assunto encerrado”

O secretário-geral do PS, António Costa, recusou hoje voltar a falar das suas declarações perante investidores chineses, afirmando que está mais preocupado em conhecer os problemas do país e encontrar soluções.

“Sobre esse tema falámos ontem [quinta-feira] e para mim é um assunto encerrado e hoje estou aqui a falar sobre a valorização do território e a importância da agricultura”, afirmou aos jornalistas António Costa, que recusou voltar a comentar a polémica e também a descida da taxa de desemprego em janeiro, por comparação com igual período de 2014.

António Costa justificou que “o que preocupa os portugueses são os problemas do país, que exigem respostas e uma das respostas é sermos capazes de mobilizar todos os nossos recursos, desde os recursos humanos que estão a ser desperdiçados na emigração, no desemprego, e valorizar os recursos do território, através da agricultura, que é um dos recursos mais importantes”.

O secretário-geral, que falava em Torres Vedras depois de uma reunião com produtores hortícolas da região Oeste, apontou como um dos maiores problemas desta fileira, que está a crescer e a exportar, é a falta de mão-de-obra.

“Um dos maiores problemas que foi colocado foi precisamente a necessidade de aproveitar a mão-de-obra disponível que está no desemprego e os critérios de aprovação de projetos e de financiamento devem ter em conta esse facto, na geração de emprego”, disse.

Ainda em Torres Vedras, o socialista visitou uma exploração de 1500 estufas de tomate, que exporta 40% da sua produção, e ainda uma central de distribuição de produtos hortícolas.

Perante representantes da comunidade chinesa, no passado dia 19, no Casino da Póvoa do Varzim, António Costa agradeceu aos investidores chineses o “grande contributo” para a situação em que está hoje Portugal, que considerou “bastante diferente daquela em que estava há quatro anos”.

As declarações de António Costa causaram polémica tendo levado o fundador do PS Alfredo Barroso a anunciar a sua desfiliação do partido.

Alfredo Barroso decidiu pedir a desfiliação do partido por estar “envergonhado” com declarações do secretário-geral, António Costa, que acusa de ter prestado “vassalagem à China”.

Na quinta-feira, o secretário-geral do PS, António Costa, afirmou-se perplexo com interpretações sobre o seu discurso perante a comunidade chinesa, defendendo que no exercício de funções institucionais junto de investidores estrangeiros tem de transmitir-se uma mensagem de confiança.

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