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Conheça os resultados eleitorais dos lusodescendentes em França

Os candidatos portugueses e lusodescendentes obtiveram, no domingo, resultados bastante diferentes nas eleições regionais de França, que mostraram a vitória da coligação de centro-direita e o crescimento do ultranacionalismo nas várias regiões do país.

O lusodescendente Patrick Pinto, candidato a um lugar de conselheiro no departamento de Meurthe et Moselle pelo cantão de Villerupt pela Frente Nacional (FN), passou à segunda volta das eleições regionais francesas, com 25,45% dos votos.

“Ficamos (FN) em segundo lugar na votação, atrás do Partido Comunista, numa frente de esquerda”, adiantou Pinto, que é neto de avô português.

A aliança liderada pelo ex-Presidente Nicolás Sarkozy (centro-direita – UMP/UDI e outros) liderou a votação na primeira volta das eleições regionais de domingo em França, com 29,4% dos votos, enquanto o Frente Nacional (extrema-direita), de Marine Le Pen, ficou em segundo lugar, com 25,2% dos votos, de acordo com os últimos dados do Ministério do Interior francês.

O Partido Socialista, do Presidente François Hollande, ficou em terceiro lugar, com 21,9% dos votos.

Patrick Pinto sublinhou que o resultado da FN, que defende o controlo da imigração, regresso das fronteiras e a saída do euro, nas eleições regionais do país é “expressivo” e aumenta a “visibilidade do partido” a nível nacional.

“A Frente Nacional, que começa a despontar a nível regional, é efetivamente uma alternativa de voto para as pessoas”, garantiu o candidato do partido de extrema-direita.

A lusodescendente Nathalie de Oliveira (na foto), candidata ao lugar de conselheira no departamento de Moselle pelo cantão Le Pays Messin, não conseguiu passar à segunda volta nas eleições regionais em França.

“Não conseguimos passar. Agora, será um confronto entre um candidato da FN e outro candidato muito próximo da FN”, disse a socialista Nathalie de Oliveira sobre as eleições na sua região.

Aos 37 anos, a vereadora socialista na câmara municipal de Metz, no nordeste do país, disse que neste momento de crise e “apesar de as eleições serem de regionais, mais próximas da população, o povo votou contra as políticas do Governo francês (socialista)”.

Nathalie de Oliveira, filha de pais portugueses, disse que não foi uma derrota completa para os socialistas e que, agora, irão “levantar a cabeça e continuar a lutar pela República e os seus valores”.

Já Alexandra Custódio candidatou-se ao lugar de conselheira no departamento de Loire pelo cantão Saint Étienne 2, através da lista Union de la Droite – que reúne os partidos UMP (de direita), UDI (centro) e Independentes.

A empresária, de 53 anos, que tem nacionalidade portuguesa e francesa, é vereadora da Câmara Municipal de Saint-Étienne, a 60 quilómetros de Lyon.

A vereadora disse à Lusa, na semana passada, temer que o partido da extrema-direita Frente Nacional consiga canalizar a seu favor o descontentamento do eleitorado francês face às políticas do governo socialista e à divisão no seio do UMP.

A Lusa tentou hoje contactar Alexandra Custódio para saber se havia passado à segunda volta das eleições, mas não a conseguiu localizar.

A segunda volta das eleições regionais em França, que tem nas suas listas partidárias várias centenas de portugueses e lusodescendentes, acontecem no próximo domingo.

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