De que está à procura ?

Motores

Circuito de Vila Real vibrou com campeonato histórico de endurance

As corajosas equipas inscritas na prova do Iberian Historic Endurance conheciam a fama de Vila Real. Um circuito que não dá margem para erros mas que para se vencer é preciso andar no limite. Se a primeira corrida foi emocionante, a segunda foi imprópria para cardíacos. Michiel Campagne voltou a ditar a lei mas conquistou uma vitória ainda mais difícil de alcançar. O holandês bateu Mário Silva por uns mínimos 421 milésimos e depois de várias trocas de posição.

O Iberian Historic Endurance voltou a viver emoções fortes em Vila Real. Depois de a primeira corrida do fim-de-semana ter sido um bom exemplo de como aquilo que deveria ser um desafio de resistência se transformou rapidamente numa prova de sprint, no dia de hoje essa realidade foi ainda mais evidente. Após um arranque em que tudo correu pelo melhor, o Ford Escort RS 2000 de Nuno Augusto/Rui Santos foi contra as barreiras.

O acidente protagonizado por esta dupla obrigou à entrada do safety-car. A demora nos trabalhos para que a pista voltasse a estar em condições implicou uma presença prolongada do carro de segurança. Quando este saiu e os concorrentes voltaram a discutir posições, Michiel Campagne e Mário Silva prolongaram o duelo da véspera. Neste confronto luso-holandês, as trocas de posição foram constantes e a indefinição quanto ao vencedor só se desfez com a bandeira de xadrez.

A discussão pela vitória entre o agressivo Chevrolet Corvett GS e o irreverente Ford Escort RS 1600 foi tão apertada que os dois pilotos estiveram na liderança da corrida já na derradeira volta e acabou por ser Campagne a ganhar com uma vantagem inferior a meio segundo. Com a vitória nas categorias HGTP65 e H71 resolvidas, João Paulo Sousa voltou a ser o terceiro a ver a bandeira de xadrez no muito cuidado BMW 635 CSI.

Carlos Barbot, com o Lotus Elan 26R, triunfou entre os H65. O piloto portuense liderou um mini-pelotão com quatro automóveis separados por apenas dois segundos. Nesse estava incluído o Lotus Elan de Alexandre Guimarães que bateu a concorrência entre os H76.

Na competição mais importante do Historic Endurance, o Index de Performance, foi, também, Carlos Barbot quem se impôs. Ao volante de um Lotus da década de 60 do século passado e com um motor mais pequeno do que os adversários, teve o melhor desempenho neste particular.

“Vila Real não perdoa! A margem de erro é mínima e se na primeira corrida tivemos uma prova sem qualquer incidente, isso já não aconteceu no dia de hoje. Voltámos a assistir a uma corrida realizada no limite com vários confrontos pelas melhores posições e vitórias nas respectivas categorias. Foi um fim-de-semana bonito. Fomos muito be- recebidos pela cidade e por um circuito que tem tanto de mágico como de pouco consensual. É daquelas pistas que se amam ou se odeiam. Depois da maior grelha de sempre na história do Historic Endurance, tivemos agora a mais pequena. É algo que tem de ser repensando, porque as dificuldades e as dúvidas antes da organização do evento certamente transformaram esta jornada num acontecimento particular. Agora vamos fazer uma pausa de Verão e voltamos em Setembro, no Circuito de Jerez, onde voltaremos aos números habituais desta competição no evento mais descontraído do ano”, afirmou Diogo Ferrão, responsável pela organização.

A próxima jornada do Historic Endurance tem lugar em Jerez de La Frontera, entre os dias 23 e 24 de setembro.

TÓPICOS

Siga-nos e receba as notícias do BOM DIA