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Cinema português no MoMA

Três filmes portugueses e uma coprodução entre França e Portugal vão ser exibidos em Nova Iorque, no âmbito do festival “Novos Realizadores/Novos Filmes”, que decorre no Museu de Arte Moderna (MoMA) até 8 de abril.

“Djon África”, de Filipa Reis e João Miller Guerra, “A Fábrica de Nada”, de Pedro Pinho, “Coelho Mau” (na foto), de Carlos Conceição, e “Milla”, de Valérie Massadian, fazem parte da programação da 47.ª edição do “Novos Realizadores/Novos Filmes”, divulgada pela organização.

O festival, decorre no Lincoln Center e no Museu de Arte Moderna (MoMA), “celebra realizadores que representam o presente e antecipam o futuro do cinema”, e exibe este ano 25 longas e dez curtas-metragens, de 29 países dos cinco continentes.

“Djon África”, primeira longa-metragem de ficção de Filipa Reis e João Miller Guerra, estreou-se em janeiro no Festival Internacional de Cinema de Roterdão, na Holanda.

Filipa Reis e João Miller Guerra voltaram à história de Miguel Moreira, jovem português descendente de imigrantes cabo-verdianos, que já tinha sido aflorada no documentário “Li Ké Terra”, e filmaram uma ficção rodada entre o Casal da Boba, na Amadora, e Cabo Verde.

No filme, Djon África, a personagem que se pode confundir com a vida real de Miguel Moreira, viaja para Cabo Verde em busca das raízes familiares e do pai, que não conheceu.

Na edição deste ano do festival de Roterdão foi também exibido “A Fábrica de Nada”, que se estreou em maio do ano passado no Festival de Cannes, França, onde venceu o prémio da crítica, a que se seguiu o prémio CineVision, em junho, em Munique, para melhor novo filme, o principal prémio do Festival de Cinema Europeu de Sevilha, em novembro, e o prémio especial do júri do festival de cinema de Turim, em dezembro.

No domingo passado, “A Fábrica de nada” recebeu os prémios Sophia da Academia Portuguesa de Cinema, de melhor montagem e argumento adaptado.

O filme foi igualmente distinguido nos Prémios Fénix do cinema ibero-americano e nos festivais Duhok, no Iraque, e Miskolc, na Hungria, e foi selecionado para os festivais de Londres, Toronto e Jerusalém.

“A Fábrica de Nada” foi construído em conjunto com Luísa Homem, Leonor Noivo, Tiago Hespanha, a partir de uma ideia de Jorge Silva Melo e da peça de teatro “A fábrica de nada”, de Judith Herzberg.

O filme de ficção, interpretado por atores e não atores, segue a vida de um grupo de operários que tentam segurar os postos de trabalho, através de uma solução de autogestão coletiva, e evitar, assim, o encerramento de uma fábrica.

“Coelho Mau”, Prémio Sophia de melhor curta-metragem de ficção, esteve em competição na edição deste ano do Festival Internacional de Cinema de Clermont-Ferrand, França. Centrado na relação entre dois irmãos (os atores João Arrais e Júlia Palha), o filme de Carlos Conceição já tinha sido exibido em Cannes, em maio do ano passado.

A coprodução franco-portuguesa “Milla”, que também foi exibida este ano em Roterdão, venceu no ano passado o Grande Prémio Cidade de Lisboa para Melhor Filme da Competição Internacional do festival Doclisboa.

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