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Carnaval: uma fuga para a realidade da vida?

Vou beijá-la agora, não me leve a mal, hoje é carnaval. Na mesma linha de raciocínio na Renânia – a liberdade do carnal – Karnavalfreiheit é legalmente reconhecida como desculpa para quase tudo, excepto o homicídio e conduzir bêbado. Uma revista publicou que: “ Os Juízes de Munique não consideram o adultério como base para o divórcio durante o Fasching (época de carnaval). É um dia para esquecer as suas preocupações, para fugir de seus problemas – sim, é carnaval !

O “espírito do carnaval“ brota uma vez por ano em muitos países. As festas geralmente vão de sábado até terça-feira que antecede a Quarta-feira de Cinzas, o primeiro dia da Quaresma. Em Nova Orleães, EUA, o carnaval é conhecido como Mardi Gras ( que significa “Terça-feira Gorda”, visto que era costume consumir toda a gordura na casa antes de começar a Quaresma.

O carnaval e a sua origem

Ninguém sabe ao certo a origem do carnaval. Suas origens adentram na História, de modo que há muita especulação. A Enciclopédia Britânica, sob o verbete “Carnaval“, diz: “ A derivação da palavra é incerta, embora possivelmente remonte ao latim medieval carnem levare ou carmelevarium, que significa retirar ou remover a carne. Isto coincide com o facto de que o carnaval é a última festa antes do inicio dos austeros 40 dias da Quaresma, durante a qual os católicos, em tempos anteriores, abstinham-se de comer carne. A origem histórica do carnaval é obscura. Outro conceito é que a palavra se deriva de “ prazer da carne “. Também nas máscaras carnavalescas se tem buscado origem ritual relativa ao culto dos mortos.

No Brasil a música arranca as pessoas das cadeiras, faz bater os pés, enche a cabeça – é a febre do carnaval! Todos os anos o carnaval acelera o coração de milhões de pessoas no planeta, mas em nenhum lugar a febre é tão grande como no Brasil. Uma semana antes da quarta-feira de cinzas, milhões de brasileiros se fantasiam, esquecem o relógio e o calendário, e entram numa tamanha folia que sacode o pais, da floresta Amazónica ás praias do Rio de Janeiro. É tempo de cantar, sambar e esquecer.

O carnaval é uma oportunidade que as pessoas tem de esquecer a miséria! E especialmente no caso de milhões de pobres – que não tem água suficiente, que vivem sem electricidade, sem emprego e sem esperança – há muita coisa para se esquecer! Para milhões de pessoas, o carnaval é como uma aspirina: pode não resolver seus problemas, mas pelo menos ameniza a dor.

Hoje em dia, qualquer festa de Carnaval sem gays é como um steak au poivre sem pimenta. Carnaval virou sinónimo de nudez total. As danças de carnaval retratam cenas de masturbação e várias relações sexuais. Certa Enciclopédia diz que o Carnaval pode ser relacionado com as saturnálias, festas pagas da Roma antiga. Arraigado no paganismo, não importa onde a palavra “Carnaval“ tenha de facto derivado, é clara a evidencia de que esta festa anterior à Quaresma tem origem paga.

JOSÉ VALGODE

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