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Cabo Verde espera melhor integração dos seus cidadãos em Portugal

O Presidente da República de Cabo Verde, Jorge Carlos Fonseca, apelou hoje para a urgência de “enfrentar de forma sistemática e cooperante” os problemas da imigração cabo-verdiana em Portugal para prevenir a sua marginalização.

Jorge Carlos Fonseca, que falava hoje durante a cerimónia de apresentação de cartas credenciais da nova embaixadora de Portugal na Praia, Helena Paiva, sublinhou a contribuição da imigração cabo-verdiana para o desenvolvimento de Portugal, mas lembrou as dificuldades de integração.

“Parte dessa comunidade enfrenta dificuldades, nomeadamente no que se refere à integração plena na sociedade e muito particularmente dos cabo-verdianos de terceira e quarta gerações”, disse Jorge Carlos Fonseca.

“Trata-se de um problema de grande complexidade, mas que urge enfrentar de forma sistemática e cooperante para se prevenir a sua marginalização com todas as consequências daí advenientes”, acrescentou.

O chefe de Estado cabo-verdiano mostrou-se ainda certo de que “esta problemática irá merecer especial atenção” da nova chefe da missão diplomática portuguesa.

As declarações do Presidente surgem numa altura em que têm ganhado visibilidade mediática casos de deportação de cabo-verdianos de Portugal.

Durante a sua intervenção na cerimónia de apresentação de cartas credenciais, que decorreu hoje no Palácio da Presidência, Jorge Carlos Fonseca sublinhou a “excelência da cooperação” entre os dois países, recordando a sua recente visita a Portugal.

Reafirmou a sua defesa do aprofundamento da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) no caminho de uma comunidade “cada vez mais das pessoas”.

“Portugal e Cabo Verde devem, juntamente com os demais parceiros, desenvolver um importante esforço no sentido de consolidar os ganhos atuais e promover uma aproximação cada vez mais estreita com as pessoas, as comunidades e os povos”, disse.

Jorge Carlos Fonseca sublinhou ainda, no contexto da luta contra o crime e o terrorismo, a importância da localização estratégica de Cabo Verde na estabilidade da região, apelando para a continuidade da colaboração portuguesa em matéria de segurança.

“A debilidade de meios técnicos e financeiros do país torna imperativo o estabelecimento de parcerias com instituições e países amigos, como a que possuímos com Portugal, para, conjuntamente, melhor enfrentarmos tais desafios”, disse.

“Acredito que ambos temos interesse em continuarmos a colaborar tanto neste, quanto nos demais setores mencionados no Tratado de Amizade”, entre os dois países, acrescentou.

Helena Paiva substitui no cargo Bernardo Lucena, que em janeiro deixou Cabo Verde para assumir funções como assessor diplomático do primeiro-ministro António Costa.

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