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Bolsonaro: uma porta aberta muito mal fechada

Durante o processo eleitoral no Brasil que escrutinaria Jair Bolsonaro para presidente daquele país, fiquei positivamente surpreendido com alguns agentes políticos portugueses. Um deles foi exactamente Paulo Portas.

Parecia-me que Portas estava a ter atitudes democráticas e até assertivas, sempre no campo da surpresa.

Entretanto o antigo líder do CDS-PP que também é comentador televisivo, aproveitou as escancaras que tem na Comunicação Social em geral para tecer hossanas a Bolsonaro.

Paulo Portas veio lembrar-me que várias e variadas vezes me faz tomar o seu CDS-PP como de extrema direita.

Portas verbera não enxergar nenhum indicador execrável na vida política de Bolsonaro ao longo de cerca três décadas de vida política, e, por conseguinte, no dobro da idade da criatura.

(A actual presidenta do Partido, senhora D. Assunção Cristas, se chamada a escolher, não se apresentaria às urnas).

Ora: Bolsonaro quer legalizar o uso de armas, alega, para defesa pessoal. Arrepia um pedacinho e vemos este filme algures! Pretende também legalizar torturas, e mesmo castração química aos mais excluídos – pronto: ao pobres. – Faz lembrar um pedacinho a Baviera!

Bolsonaro é o homem a quem Donald Trump já se quer aliar (mesmo impor) políticas prejudiciais ao Ambiente e de guerrilha. Tudo para além das políticas desastrosas que o capitão Jair já tem agendadas, como esventrar a Amazónia com infra-estruturas muito prejudiciais em matéria alargada.

Temos: Jair Bolsonaro, o capitão, tem já como parceiro Donald Trump. E se Trump é perigoso porque é parvo, já Bolsonaro é cínico, isógeno, racista, intolerante, ditador, centrando-se em regimes militares que nunca fizeram sentido. Nem firme.

E: A dupla Bolsonaro / Trump já anda a botar o olho à família Le Pen para fazer time com Matteeo Salvini, Steve Bannon mais alguns outros que veremos.

E ainda: É neste quadro que Paulo Portas nada vê de reprovável na conduta do capitão Jair. E vir!
Volto, com certeza.

(Não pratico deliberadamente o chamado Acordo Ortográfico)

Esta publicação é da responsabilidade exclusiva do seu autor.

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