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Bettel: Brexit não deve preocupar portugueses do Luxemburgo

O primeiro-ministro luxemburguês, Xavier Bettel, considera que a saída do Reino Unido da União Europeia (‘Brexit) não terá impacto quanto ao número de cidadãos comunitários que queiram mudar-se para o Luxemburgo, nomeadamente portugueses.

“Penso que o ‘Brexit’ neste momento não tem nada a ver se os portugueses ou outras comunidades vêm ou não para o Luxemburgo”, disse, admitindo apenas que “algumas empresas que se encontram em Londres” poderão deslocar-se para o seu país.

O chefe do Governo falava à Lusa e à TSF durante uma visita que fez à casa de Robert Schuman, um dos fundadores da União Europeia, na capital luxemburguesa, acompanhado do Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa.

Sobre a importância da participação política da comunidade portuguesa no Luxemburgo, Xavier Bettel referiu que “o facto de se poder votar é um direito comunitário graças ao Tratado de Maastricht”, acrescentando: “Quando somos conscientes, não somos apenas residentes, mas somos cidadãos, temos direitos”.

Segundo dirigentes da comunidade portuguesa, apenas 10% dos portugueses que têm direito a votar no Luxemburgo estão registados.

O apelo ao recenseamento também foi feito por Marcelo Rebelo de Sousa durante esta visita, tendo acompanhado hoje três portuguesas nesse registo, na Câmara do Luxemburgo.

O Presidente voltou a fazer esse apelo aos 14 trabalhadores portugueses da Sociedade Europeia de Satélites (SES), empresa que visitou quarta-feira.

Uma das trabalhadoras, Carolina Dupong, foi especialmente felicitada por Marcelo porque, além de estar recenseada é também candidata às eleições municipais luxemburguesas.

Em declarações à Lusa, esta portuguesa, que está no Luxemburgo desde 2012, disse que se candidata pelo Partido Popular Democrata-Cristão (CSV) e justificou a candidatura com o interesse pelos “problemas locais”.

O Presidente deslocou-se ainda à Universidade do Luxemburgo, que tem cerca de 500 alunos portugueses, onde assinou com o Grão-duque Henrique um acordo de cooperação entre esta instituição e a Universidade do Porto.

Na universidade, tirou ‘selfies’ com os alunos portugueses, autografou uma fotografia do seu pai em Moçambique, informação que o português que lhe pediu o autógrafo desconhecia.

Marcelo inaugurou ainda uma exposição do “Coração Independente Vermelho”, de Joana Vasconcelos, na Catedral do Luxemburgo, na presença da artista portuguesa e ao som do fado Estranha Forma de Vida, de Amália.

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