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Ativista cabo-verdiano ajuda na recuperação de Porto Rico após furacão

O ativista cabo-verdiano Carlos Silva, residente nos EUA, passou a maior parte do último mês em Porto Rico, a ilha das Caraíbas afetada pelo furacão Maria, a ajudar nos esforços de recuperação.

“A situação na ilha ainda é preocupante. Várias populações dependem dos recursos enviados pelo serviço de apoio em emergências [FEMA, na sigla em inglês], Cruz Vermelha e outras agências”, disse o cabo-verdiano, de 53 anos, à agência Lusa.

Carlos Silva voltou a casa no domingo e pensa regressar a Porto Rico no fim do mês por mais três semanas, integrado numa das equipas da Cruz Vermelha.

O cabo-verdiano, que trabalha como intérprete num tribunal de Rhode Island, garante que, quase dois meses após o furacão Maria arrasar o território e provocar 51 mortos, a situação continua muito complicada.

“O principal problema é a falta de eletricidade, de água potável e o estado das vias de acesso. Várias escolas ainda estão encerradas e cerca de três mil pessoas que estão alojadas em escolas, possivelmente, serão enviadas para Orlando, na Florida, e outras localidades, provisoriamente”, explica.

Segundo as autoridades, cerca de um milhão de pessoas ainda não tem acesso a água corrente e três milhões estão sem eletricidade.

Silva diz que “também é notória a saída da população para o continente, sobretudo jovens”, e recorda a estimativa de que a ilha de 3,4 milhões “vai perder cerca de 500 mil habitantes por causa da tragédia.”

Nas três semanas que passou na região, Carlos diz que passou os dias a distribuir água, alimentos, material de construção, a dar apoio às pessoas e a funcionar como interprete entre inglês e espanhol.

Silva emigrou para os Estados Unidos em julho de 1994, proveniente da cidade da Praia, onde era técnico de serviço social.

No ano passado, esteve na Carolina do Sul a ajudar as vítimas do furacão Matthew, também integrado numa equipa da Cruz Vermelha. Também já foi voluntário durante um nevão em Connecticut e numas cheias em Rhode Island.

“A minha vocação é ajudar as pessoas e, como não tenho dinheiro, a forma de ajudar é oferecer o meu trabalho e, recorrendo à morabeza cabo-verdiana, dar uma palavra de conforto”, explica.

O território norte-americano de Porto Rico foi devastado em 20 de setembro pelo furacão Maria, que fez 51 mortos e provocou danos de entre 45 e 95 mil milhões de dólares.

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