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Amanhã começa a feira de artesanato de Vila do Conde

A Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde assinala, este ano, a sua 40ª edição consecutiva, com um programa que promete surpreender os milhares de visitantes que, ano após ano, fazem deste evento a maior e melhor mostra das artes tradicionais portuguesas.

Reunindo mais de duas centenas de artífices nacionais, a 40ª edição da Feira Nacional de Artesanato dedica particular atenção às Rendas de Bilros, secular tradição de Vila do Conde e que, de resto, esteve na origem da criação do evento.

Na década de 70 do século XX, com a extinção das “mestras” (oficinas de produção de rendas onde se reuniam várias rendilheiras, orientadas no seu trabalho diário por uma rendilheira mais experiente e dona do espaço), as rendilheiras passam a trabalhar de modo isolado e autónomo e vendem o seu produto diretamente ao cliente ou a intermediários, o que veio a revelar-se um trabalho pouco rentável e em acentuado decréscimo. Foi neste cenário pouco auspicioso para a produção das rendas de bilros que surgiu, em 1978, a 1ª Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde e, em 1984, a Associação Para Defesa do Artesanato e Património de Vila do Conde, entidade que organiza o evento.

A celebração do 40º aniversário da Feira Nacional de Artesanato será, igualmente, assinalada com a realização da exposição «40 Anos, 40 Ícones do Artesanato Português», concebida propositadamente para o certame, e que “invadirá” as montras da cidade de Vila do Conde.

Este ano, a Feira Nacional de Artesanato recebe o Ceará como convidado especial e aquele Estado Brasileiro estará representado em Vila do Conde não só pelo artesanato, mas também pela gastronomia e pela música.

Inspirado no livro-reportagem «Mãos que fazem História», o Ceará vai apresentar os produtos que nascem das mãos das mulheres artesãs cearenses, em diferentes tipologias: Barro, Rendas, Linhas, Fibras, Tecidos, Miscelânea, Indígena e Redes. «Mãos que fazem História» é fruto de uma série de reportagens publicada pelo Diário do Nordeste. As jornalistas Cristina Pioner e Germana Cabral percorreram 11 mil quilómetros, estiveram em 71 cidades e entrevistaram 243 artesãs. Desse universo, 150 ilustram o livro com seus trabalhos e suas trajetórias de vida.

A gastronomia do Ceará estará representada, no primeiro fim-de-semana do evento, pela mão do Chef Vicente Neto, brasileiro a residir em Portugal há cerca de 10 anos, e responsável pela cozinha do Cantinho do Avillez, em Lisboa.

Petiscos preparados com tapioca e açaí serão preparados diariamente no espaço dedicado ao Ceará, no recinto da FNA, e serão – com certeza – um forte atrativo para os milhares de visitantes do certame.

Para completar a participação brasileira, só falta mesmo a animação musical que, no dia 22 julho, pelas 21h30, apresenta Luso Baião uma banda de fusão de influências entre brasileiros e portugueses.

O grupo surgiu na cidade de Lisboa em 2013, inspirando-se em nomes célebres da música brasileira como Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro e Gilberto Gil, bem como grandes cantores e instrumentistas portugueses de que são exemplo Sérgio Godinho e Rão Kyao. Os visitantes da Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde poderão, assim, assistir a um espetáculo único, memorável e cheio de originalidade com fusões bem concebidas de ritmos presentes no Forró, como o Xote, Xaxado, Arrasta-pé e Baião, ritmo que nasce do casamento entre o Fado e o Maracatu com pitadas de Reggae, Rock, Samba, Côco.

Com mais de 2 centenas de artesãos participantes, grande parte dos quais a trabalhar ao vivo, a 40ª Feira Nacional de Artesanato de Vila do Conde decorre entre 22 de julho e 6 agosto, nos Jardins da Av. Júlio Graça. Em pleno coração da cidade de Vila do Conde, será possível apreciar o melhor e mais tradicional artesanato português, representativo das diferentes regiões do país.

No mesmo recinto, as também já tradicionais Jornadas Gastronómicas permitem percorrer os diferentes sabores das regiões do país, assim como a animação musical que trará ao evento as sonoridades tradicionais, fazendo um enlace perfeito com o saber ancestral dos nossos artesãos.

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